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Bolsonaro diz que “exagerou” ao falar que botaria cara no fogo por Ribeiro

Bolsonaro diz que “exagerou” ao falar que botaria cara no fogo por Ribeiro

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 24 de junho de 2022

O presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou ontem, dia 23, sua tradicional live das quintas-feiras e abordou a polêmica em torno da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que foi detido na quarta, 22, pela Polícia Federal, suspeito de corrupção e tráfico de influência. Em março, Ribeiro foi gravado em áudio afirmando que fazia liberação de verbas da pasta a prefeituras indicadas por dois pastores evangélicos, e que isso ocorria a pedido de Bolsonaro.

Na live, o presidente disse que “exagerou” ao afirmar que “colocaria a cara no fogo” por Ribeiro, como disse em outra live quando o caso veio a público. Bolsonaro disse:

“Ontem, tivemos a prisão do ex-ministro Milton, da Educação. Eu falei lá atrás que botava a cara no fogo por ele. Eu exagerei, mas eu boto a mão no fogo pelo Milton, assim como boto por todos os meus ministros. Porque o que eu conheço deles, a vivência, dificilmente alguém vai cometer um ato de corrupção”.


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Ele também disse continuar acreditando na inocência de Ribeiro, e criticou a prisão, decretada pelo juiz Renato Borelli:

“Não tinha materialidade nenhuma para a prisão do Milton, mas serviu para desgastar o governo, fazer uma maldade com a família do Milton. Se tiver algo de errado, ele é responsável pelos seus atos. Mas eu não posso levantar uma suspeição contra ele de forma leviana. […] Continuo acreditando no Milton”.

Ele também comentou o fato de Ribeiro ter recebido depósito bancário do pastor Arilton Moura, um dos envolvidos no caso, no valor de R$ 60 mil, e no fim minimizou a acusação contra o ex-ministro:

“É uma movimentação atípica? É. Qualquer movimentação acima de R$ 10 mil é atípica. Não foi corrupção da forma que a gente está acostumado a ver em governos anteriores. ‘Ah, o cara fez uma obra superfaturada. Comprou material e não recebeu, superfaturou’. Nada disso, foi história de fazer tráfico de influência”.

Via CNN Brasil.