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Câmara dos Deputados aprova projeto que cria Política Nacional de enfrentamento ao HPV

Câmara dos Deputados aprova projeto que cria Política Nacional de enfrentamento ao HPV

Ana Flávia Oliveira
Por Ana Flávia Oliveira | 12 de fevereiro de 2025

Nesta terça-feira (11/2), a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que institui a Política Nacional de Enfrentamento à Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Agora a proposta será encaminhada ao Senado. Caso aprovada, a lei entrará em vigor 90 dias após sua sanção e publicação oficial.

O Projeto de Lei 5688/23, de autoria da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) e do deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), foi aprovado na forma do substitutivo da Comissão de Saúde, elaborado pela relatora, deputada Ana Paula Lima (PT-SC). O texto detalha as ações a serem usadas no âmbito da política, diferenciando aquelas de natureza preventiva, de diagnóstico e curativa.

Laura Carneiro, autora da proposta que cria Política Nacional de enfrentamento ao HPV. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados).
Laura Carneiro, autora da proposta que cria Política Nacional de enfrentamento ao HPV. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados).

Câmara propõe projeto 

Uma das autoras da proposta, a deputada Laura Carneiro ressaltou que o teste molecular possibilita que as mulheres tenham diagnóstico precoce de câncer do colo do útero e que os homens tenham diagnóstico precoce de câncer do órgão reprodutor masculino. “O que estamos fazendo hoje é que a Casa é capaz de transformar a saúde com métodos novos e dá garantia do direito às mulheres”, disse.

“Vai melhorar para evitar infecções por HPV, o câncer do colo uterino e do órgão reprodutor masculino”, disse Ana Paula Lima, relatora do projeto.

O HPV é responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo. É a principal causa do câncer de colo de útero, mas também está associada a outros tipos de cânceres, como na vulva, garganta, ânus, vagina e pênis.

Atualmente, 18 mulheres morrem por dia no Brasil de câncer causado pelo HPV.

“É o segundo que mais mata mulheres, e podemos erradicá-lo e salvar vida”, declarou o deputado Weliton Prado, um dos autores do projeto e presidente da comissão especial de Combate ao Câncer no Brasil.

A principal ação preventiva é a vacinação. No diagnóstico, constam exame físico, testes locais, colposcopia, citologia, biópsia, testes sorológicos e testes moleculares. As de natureza curativa, quando a doença já está instalada, contemplam o tratamento local domiciliar e o tratamento ambulatorial.

Para os parceiros de portadores de infecção por HPV deverá ser ofertado acompanhamento clínico, já que a doença é sexualmente transmissível.

A proposta ainda sugere o desenvolvimento de ações, debates e articulação entre órgãos públicos, sociedade civil e instituições de pesquisa; e a divulgação do fato de que a infecção por HPV, o câncer de colo de útero e o câncer de pênis são doenças que podem ser prevenidas.


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Também na área de medicina e acadêmica, as diretrizes propõem estimular a realização de pesquisas em prevenção, diagnóstico e tratamento da infecção por HPV.

No setor de saúde, o texto propõe a realização de ações intersetoriais para ampliar o acesso à informação sobre a infecção pelo HPV; ampliação do acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento dessa infecção de acordo com as normas regulamentadoras; incentivo ao acesso universal aos meios de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação; e estímulo à notificação e o aperfeiçoamento do sistema de informações.

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo. Está associado ao desenvolvimento da quase totalidade dos cânceres  de colo de útero, bem como a diversos outros tumores em homens e mulheres. Além disso, provoca verrugas anogenitais (região genital e no ânus), a depender do tipo de vírus.

As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre, aproximadamente, 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.

Com informações de Agência Câmara de Notícias.