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Candidaturas femininas nas eleições municipais foram desrespeitadas em 700 municípios, diz estudo

Candidaturas femininas nas eleições municipais foram desrespeitadas em 700 municípios, diz estudo

Ana Flávia Oliveira
Por Ana Flávia Oliveira | 11 de outubro de 2024

Nas eleições municipais deste ano, mais de 700 cidades não cumpriam a cota mínima de candidaturas femininas, segundo o levantamento realizado pelo Observatório Nacional da Mulher na Política da Câmara dos Deputados.

Pela Lei das Eleições, os partidos são obrigados a ter pelo menos 30% de mulheres concorrendo nas eleições para a Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras de vereadores.

O resultado é melhor que o das eleições municipais de 2020, quando a reserva de candidaturas femininas foi desrespeitada em 1.304 municípios.

Criadas em 2009, as cotas nunca foram efetivamente cumpridas pelos partidos. O Brasil permanece como um dos países do mundo com menor representação feminina na política. Na Câmara, apenas 18% das cadeiras são ocupadas por deputadas. No Senado, a presença feminina é ainda menor, elas ocupam 12% das vagas.

Nas eleições deste ano, conforme o levantamento, as mulheres responderam por mais de 30% das candidaturas. O estudo identificou que o estado com menor participação de mulheres foi o Rio de Janeiro, com 34,3%. Já o Mato Grosso do Sul teve a maior proporção, com 36,5%.


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Em 2018, o Supremo Tribunal Federal decidiu que, além de destinar 30% das vagas nas eleições proporcionais para mulheres, os partidos também devem aplicar esse mesmo porcentual do Fundo Eleitoral no financiamento de candidaturas femininas. No mesmo ano, o Tribunal Superior Eleitoral ainda passou a obrigar as legendas a reservar 30% do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV para as candidatas.

Com informações de Agência Câmara de Notícias.