
Crimes cibernéticos disparam no Amazonas: saiba como se proteger de golpes no WhatsApp e apps bancários

Com o avanço da tecnologia e o aumento do uso de smartphones para tarefas do dia a dia, os crimes cibernéticos também têm se tornado cada vez mais sofisticados. Golpistas agem com rapidez para invadir contas, roubar dados e aplicar fraudes que podem causar grandes prejuízos financeiros e emocionais às vítimas.
Entre os alvos preferidos dos criminosos estão aplicativos de mensagens como o WhatsApp e apps de bancos instalados no celular. Entender como esses golpes funcionam é essencial para saber como se proteger.
O que são crimes cibernéticos?
Crimes cibernéticos são infrações cometidas por meio da internet, dispositivos eletrônicos ou redes digitais. Eles incluem:
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Invasão de contas e perfis pessoais
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Roubo de dados bancários
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Extorsão digital
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Disseminação de vírus (malware)
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Golpes de engenharia social (quando o criminoso engana a vítima para que ela mesma forneça informações)
Amazonas:

Os crimes cibernéticos têm crescido de forma alarmante no Amazonas. De janeiro a outubro de 2024, foram registradas 12.821 ocorrências no estado, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023, quando houve 9.154 casos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
Entre os crimes mais recorrentes estão estelionato, invasão de dispositivos informáticos, ameaças e falsidade ideológica. O estelionato, por exemplo, teve um crescimento de 57,4% em 2024, totalizando 3.713 registros até agosto .
Golpes mais comuns com WhatsApp

1. Clonagem de conta
O golpista finge ser alguém confiável e engana a vítima para que ela informe o código de verificação do WhatsApp. Com isso, ele consegue acessar a conta e passar a se comunicar com os contatos pedindo dinheiro ou fazendo chantagens.
2. Golpe do falso suporte técnico
Criminosos se passam por atendentes de empresas, como do próprio WhatsApp ou operadoras de telefonia, dizendo que precisam confirmar dados. Esse é um dos caminhos usados para obter acesso ao seu aplicativo.
3. Mensagens falsas com links maliciosos
Clicando em links desconhecidos, o usuário pode permitir a instalação de programas espiões, que acessam informações sigilosas.
Como se proteger no WhatsApp:
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Ative a verificação em duas etapas (nas configurações de segurança do aplicativo)
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Nunca compartilhe o código de verificação de seis dígitos que chega por SMS
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Desconfie de mensagens com pedidos de dinheiro, mesmo que venham de contatos conhecidos
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Evite clicar em links suspeitos, especialmente enviados por números desconhecidos
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Mantenha o aplicativo atualizado com a versão mais recente
Aplicativos de banco: atenção redobrada
Outro alvo frequente dos golpistas são os apps de instituições financeiras. Os criminosos tentam invadir contas para fazer transferências, solicitar empréstimos e roubar dados bancários.

Como agem?
Eles podem usar malwares (vírus) instalados em celulares com sistema desatualizado ou explorar senhas fracas e ausência de autenticação biométrica.
Leia mais:
PC-AM lança nova versão de cartilha digital sobre crimes cibernéticos
Dicas para proteger seu aplicativo bancário:
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Use autenticação biométrica (digital ou facial) sempre que possível
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Nunca compartilhe senhas ou códigos recebidos por SMS
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Desconfie de ligações dizendo ser do banco pedindo dados ou acessos remotos
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Evite acessar aplicativos bancários em redes Wi-Fi públicas
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Mantenha o celular com antivírus e o sistema operacional atualizado
E se você for vítima?
Registre imediatamente um boletim de ocorrência, de preferência pela Delegacia Virtual (em muitos estados é possível fazer online); Avise os contatos se sua conta do WhatsApp for clonada; Entre em contato com o banco para bloquear movimentações suspeitas e em casos graves, procure ajuda jurídica e acompanhe o andamento do caso junto às autoridades
Crimes virtuais não escolhem vítimas por idade ou classe social. Estar informado e adotar práticas de segurança no celular e na internet é fundamental para evitar prejuízos.