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Delegada diz que motorista de carro alegórico que imprensou menina mentiu ao depor

Delegada diz que motorista de carro alegórico que imprensou menina mentiu ao depor

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 23 de abril de 2022

Na noite de ontem, a delegada Maria Aparecida Mallet disse que o motorista do carro alegórico que imprensou a menina Raquel Antunes de Silva, de 11 anos, na noite de quinta-feira, 22 na Sapucaí, mentiu em seu depoimento à polícia.

Ela afirmou que o motorista, que não teve o nome revelado, informou não ter visto crianças ao redor ou em cima do carro alegórico abre-alas da escola de samba carioca Em Cima da Hora. Ele então teria dado a partida e prosseguido com o reboque da alegoria. Mas vídeos de segurança do local mostram que havia várias crianças, não só Raquel, brincando em cima do carro na hora do acidente.


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O caso, segundo a delegada, ainda é tratado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Várias testemunhas prestaram depoimento, mas ainda faltam os familiares irem à unidade da polícia contar a versão deles sobre o caso. O carro alegórico foi apreendido para a investigação.

Raquel foi imprensada pelo carro e chegou a ter a perna direita amputada. Ela também teve traumatismo no tórax e respirava com ajuda de aparelhos. Raquel não resistiu e veio a falecer ontem à tarde, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Souza Aguiar, no Centro. O caso dela sempre foi tratado como gravíssimo pela unidade de saúde.

Após o acidente, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que as escolas da Série Ouro, do Grupo Especial e das escolas de samba mirins façam escolta dos carros alegóricos até os barracões. A decisão do juiz da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso acolheu o pedido do Ministério Público Estadual.

Via G1.