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Indústria de Material Bélico do Brasil estuda instalar unidade de P&D no Polo Industrial de Manaus

Indústria de Material Bélico do Brasil estuda instalar unidade de P&D no Polo Industrial de Manaus

Gerson Severo Dantas
Por Gerson Severo Dantas | 23 de julho de 2025

O presidente da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), Ricardo Canhaci, revelou, durante entrevista no programa Meio Dia com Jefferson Coronel, da TV Onda Digital, nesta quarta-feira (23/07), que uma operação de pesquisa e desenvolvimento da empresa deverá se instalar no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Essa operação, da maior indústria de material bélico do país, seria viabilizada a partir do fundo de desenvolvimento da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D), formado por uma parte do faturamento das industrias instaladas no PIM.

General de Divisão da reserva do Exército, Ricardo Canhaci disse que a Imbel tem também a intenção de instalar uma unidade fabril em Manaus para atender não apenas as forças armadas, mas também o setor de segurança pública dos Estados da Amazônia e as guardas municipais das prefeituras.


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Em Manaus, Canhaci foi recebido pelo secretário de Estado da Segurança Pública e pelo diretor Executivo do Comdefesa, general Omar. Nestes contatos iniciais a ideia, conforme o executivo da Imbel, era ver as possibilidades de estabelecer parceria para a criação de negócios.

“A Imbel tem hoje cinco fábricas – em Minas e Rio de Janeiro –  e poderíamos montar outra em Manaus para, com as parcerias certas, produzir equipamentos de comunicação ou produtos químicos para armamentos”, disse o executivo.

Indústria de Material Bélico foi criada por Dom João

Ricardo Canhaci contou que a Imbel hoje emprega aproximadamente 2 mil trabalhadores em cinco plantas e tem um portifolio de 109 produtos, que vão da produção de municiões, armamentos e soluções para comunicações.

Como empresa pública ligada ao Ministério da Defesa, a Imbel completou na semana passada 50 anos de fundação. No entanto, diz Canhaci, a atual empresa é sucessora de fábricas-quartéis que começaram a se instalar no Brasil assim que o princípe regente Dom João instalou a corte portuguesa no Rio de Janeiro.

“Uma das primeiras ações dele, após chegar ao Rio fugindo das guerras napoleonicas, foi criar uma fábrica de pólvora, que com o passar do tempo virou o que hoje é a Imbel”, contou o executivo.