Você já sentiu uma vontade de comer fora do controle quando sentiu raiva, tristeza ou frustração? Esse comportamento, conhecido como comer emocional, pode desencadear sérios transtornos — e o Brasil lidera esse ranking.
Compulsão por comida
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o país tem a maior taxa de Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA) do mundo, afetando 4,7% da população, quase o dobro da média global de 2,6%.
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O TCA é o ato de fazer com que a pessoa continue comendo mesmo após saciada, podendo até passar mal. Não é apenas a preferência por alimentos gordurosos e açucarados — qualquer comida disponível pode ser consumida em grandes volumes.
Motivo do TCA
Segundo a nutricionista e coordenadora da pós-graduação Nutrição de Excelência, Aline Quissak, esse comportamento compulsivo está diretamente relacionado a desequilíbrios hormonais que envolvem a leptina (hormônio da saciedade), a grelina (hormônio da fome) e a colecistoquinina (hormônio digestivo).
“A compulsão também é muitas vezes consequência de dietas restritivas prolongadas, que desregulam o organismo, inflamam o corpo e criam um cenário propício para transtornos alimentares”, explica ela.
Os déficits nutricionais incentivam não só a compulsão, como também aumentam o risco de problemas graves como diabete tipo 2, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e trombose.
