EUA suspende temporariamente o envio de armamentos para Ucrânia e país se manifesta

Os Estados Unidos interrompeu temporariamente o envio de determinados armamentos para a Ucrânia nesta quarta-feira (2/7), após uma revisão interna sobre os gastos militares relacionados ao apoio internacional. A medida gerou reações imediatas em Kiev e em Moscou.

Segundo fontes da Casa Branca ouvidas pela CNN, entre os equipamentos suspensos estão mísseis de defesa aérea, como os sistemas Patriot. A decisão estaria ligada à escassez nos estoques militares americanos.

O Kremlin rapidamente reagiu. Para Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, a redução no envio de armamentos pode acelerar o fim da ofensiva russa.

“Pelo que sabemos, a escassez nos estoques motivou a decisão. De qualquer forma, quanto menos armas forem entregues à Ucrânia, mais perto estaremos de encerrar a operação militar”, disse.

Autoridades ucranianas, por outro lado, expressaram preocupação com a medida. Mykhailo Podolyak, conselheiro do governo, afirmou que suspender o fornecimento de mísseis, especialmente os de defesa aérea, é “desumano”, já que esses sistemas protegem a população civil de ataques russos.

Leia mais:

PF fiscalizou mais de 70 voos durante Festival de Parintins

VÍDEO: Discussão entre repórteres da Band e Record termina em empurrão ao vivo e vai parar na delegacia

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia também se manifestou, alertando que qualquer atraso nas entregas pode fortalecer a posição do Kremlin e dificultar uma solução pacífica para o conflito.

Apesar das informações divulgadas, o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre mudanças no cronograma de entregas e tenta agendar uma ligação com o governo Trump para esclarecer os detalhes.

“Estamos analisando cada envio e buscando confirmação oficial sobre possíveis atrasos”, informou a pasta em nota.

Enquanto isso, a Rússia mantém sua ofensiva aérea sobre cidades ucranianas e descarta novas propostas de cessar-fogo apresentadas pelos Estados Unidos.