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Laudo sobre morte de jovem durante encontro com jogador Dimas não aponta violência

Laudo sobre morte de jovem durante encontro com jogador Dimas não aponta violência

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 25 de março de 2024

Laudos da Polícia Científica de São Paulo constataram que não houve violência na morte da jovem Livia Gabrielle, e que nem ela nem o jogador Dimas usaram drogas ou bebidas alcoólicas durante o seu encontro amoroso. Livia teve um sangramento e morreu após ter relações sexuais com Dimas, em 30 de janeiro.

Os documentos, concluídos nesta semana, foram obtidos pelo Fantástico, da TV Globo.

O laudo aponta que não havia fratura nem sinais letais de violência em Livia. Além disso, não foi encontrado esperma do atleta no corpo dela, o que confirma que houve uso de camisinha na relação sexual.


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A lesão em Livia foi causada por um “objeto contundente”, que não foi especificado.

Segundo especialistas, o pênis de Dimas pode ter causado a ruptura no corpo da jovem, mas o caso seria raro. Fabiene Vale, da Federação brasileira Assoc. ginecologia e Obstetrícia, afirmou:

“Teria hematoma ou outro machucado se fosse sexo forçado, violência sexual, e em outra parte do corpo também. Ela teve uma hemorragia, tanto na parte interna quanto externa. O pênis pode ter levado a essa lesão, o caso dela foi uma fatalidade pelo o que está parecendo pela parte anatômica. Em qualquer caso de sangramento, o tempo faz diferença”.

O advogado de Dimas, Tiago Lenoir, afirmou que o jogador foi “testemunha de uma fatalidade”. Ele disse:

“Os laudos deixam claro que houve consentimento e que não houve violência. É um absurdo espremer para tentar buscar algo criminal contra Dimas”.

A família de Livia preferiu aguardar as investigações e não quis gravar entrevistas.

Relembre o caso

Lívia Gabrielle teve um corte profundo em suas regiões íntimas após ter relações com o jogador Dimas Cândido e morreu depois de ter quatro paradas cardiorrespiratórias. Segundo o atestado de óbito, a jovem teve uma “ruptura do saco de Douglas com extensão à parede vaginal esquerda”.

Saco de Douglas é o nome dado a uma região genital que fica na parte baixa do abdômen entre o útero e o reto.

Foi Dimas quem chamou o Samu para prestar atendimento à moça. Em seu depoimento, ele disse à polícia que os dois não consumiram drogas nem bebida alcoólica e tiveram relação sexual com uso de camisinha. Depois, descansaram, conversaram e foram ter uma segunda relação. Foi quando ele percebeu que ela estava desmaiada.

Orientado pelo Samu, ele teria colocado Lívia de barriga pra cima e começou a massagear o peito dela até a chegada da ambulância. Foi quando notou o sangramento dela.

O socorro à jovem demorou 51 minutos até a chegada ao hospital: Os socorristas tiveram dificuldade em adentrar o condomínio e acessar o apartamento de Dimas. Além disso, imagens de câmeras de segurança mostram que um dos socorristas retornou à ambulância para pegar um equipamento. O objeto em questão seria um reanimador manual, usado em casos de insuficiência respiratória, porque o que eles haviam levado não estava “funcionando bem”.

O caso está sendo investigado como morte suspeita e as autoridades ainda aguardam outros relatórios médicos para verificar se a vítima tinha alguma doença.

*Com informações de UOL