
Patroa e cúmplice suspeitos de matar babá em Manaus percorreram 28 km para abandonar corpo da vítima

As investigações policiais em torno do assassinato da jovem Geovana Martins, de 20 anos, em Manaus, apontam que os suspeitos viajaram cerca de 28 km para abandonar o corpo dela. Camila Barroso, de 33 anos, para quem Geovana trabalhava como babá, está presa e é considerada a principal suspeita do crime, junto com Eduardo da Silva, apontado como seu cúmplice. Ele está foragido.
A babá foi encontrada morta em um matagal no bairro Tarumã no dia 20 de agosto, após ter sido dada como desaparecida no dia anterior. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) afirma que a patroa não tinha condições de transportar o corpo sozinha e contou com a ajuda de Eduardo.
A polícia suspeita de que a babá foi morta por espancamento na casa de Camila, na noite do dia 19. De acordo com as investigações, a dupla saiu da rua Bernardo Michiles, no bairro Petrópolis, Zona Sul da capital, e seguiu até a Rua Esus, no bairro Tarumã, Zona Oeste, onde o corpo da vítima foi abandonado. O trajeto totaliza 28 km.
A delegada Marília Campello, que está à frente das investigações, disse à imprensa:
“A babá foi encontrada no dia 20, mas provavelmente foi morta na noite do dia 19. A foto amplamente divulgada mostra que ela tinha vários hematomas no rosto e estrabismo, o que indica traumatismo craniano, que foi a causa da morte dela. Acredito que ela tenha morrido ainda na residência”.
Leia mais:
Caso Geovana: patroa de babá morta diz ser ex-mulher do líder do CV Mano Kaio
Ainda segundo a investigação policial, o carro usado para transportar o corpo costumava pertencer a Eduardo, mas havia sido vendido. Ele teria pedido o carro emprestado ao novo dono, e o devolveu após o desaparecimento de Geovana. O automóvel foi entregue higienizado ao novo proprietário, que já prestou depoimento à polícia. O carro será submetido a perícia.
Entenda o caso
Geovana começou a trabalhar para Camila cuidando da filha dela, que não teve o nome revelado pela polícia. Segundo a PC-AM, com o tempo Camila teria atraído a jovem para um ambiente de festas e bebidas, e passou a mantê-la na casa, impedindo-a de sair.
Ela também teria forçado a jovem a fazer programas sexuais. Alguns dias antes de morrer, Geovana havia tirado o passaporte, o que sugere que ela poderia ser usada como mula para transporte de drogas e forçada a se prostituir na Europa.
A Polícia Civil do Amazonas solicita que qualquer pessoa com informações sobre o paradeiro de Eduardo da Silva entre em contato pelos números (92) 98118-9535, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), ou 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). A identidade dos informantes será mantida em sigilo.
Com informações de G1.