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Pauderney Avelino: “Eu não tenho dificuldade de migrar para outro partido”

Pauderney Avelino: “Eu não tenho dificuldade de migrar para outro partido”

Ana Flávia Oliveira
Por Ana Flávia Oliveira | 19 de julho de 2025

O deputado federal Pauderney Avelino (União Brasil) esteve na Rede Onda Digital, onde comentou as tarifas de importação de 50% propostas por Trump, argumentando que prejudicam tanto o Brasil quanto os Estados Unidos, especialmente devido à parceria comercial, incluindo a exportação de aviões da Embraer.

Além disso, durante conversa com a jornalista Ana Flávia Oliveira, da Rede Onda Digital, ele ainda enfatizou a importância de empresários pressionarem Trump para reverter a decisão, pois afeta a economia americana, como o custo de alimentos. Ele também comentou sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM), a aprovação de cargos de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) e a possibilidade de mudar de partido em 2026, diante da possível saída do União Brasil.

Leia a íntegra a entrevista com Pauderney Avelino

Rede Onda Digital – Falando de 2026, já teve alguma conversa com outro partido depois da sua decisão de sair do União Brasil?

Pauderney Avelino – Não, eu converso com todo mundo. Eu realmente sou uma pessoa que não tenho dificuldade de conversar com ninguém. Eu tenho conversado, converso inclusive com o União Brasil, é o meu partido atual, mas converso com outros partidos também. Eu tenho amigos e parceiros em tudo que é partido. Eu não tenho nenhuma dificuldade de eventualmente, saindo do União Brasil, migrar para um outro partido. Inclusive teve a federação com o PP, que será formalizada em agosto. Então vamos ver o que vai acontecer.

Rede Onda Digital – Câmara dos Deputados aprovou o aumento de cargos comissionados no Supremo Tribunal Federal (STF). Não vimos seu voto nesse pleito e gostaríamos de saber sua opinião sobre o tema.

Pauderney Avelino – Mas aquilo ali é dentro do próprio orçamento do STF, não tem aumento de despesa, mas foi criado, passou e eu sinceramente eu vejo aí que não precisa fazer uma laude tão grande com relação a isso, mesmo porque são cargos sobretudo para a segurança do próprio STF. E a gente sabe que as pessoas estão muito indignadas com a justiça brasileira e em alguns pontos tem razão, outros nem tanto. O fato é que foi aprovada e está dentro do próprio orçamento judiciário.


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Rede Onda Digital – O tarifaço de Donald Trump pode afetar a Zona Franca de Manaus ou terá um clima de tensão ‘pairando’ no modelo econômico?

Pauderney Avelino – Não acredito, aqui realmente a incidência será muito pequena porque nós exportamos muito pouco para os Estados Unidos e também compramos muito pouco de lá, o chip é comprado sobretudo de Taiwan que é a China e da China, da China continental, e outros insumos também que vem da Ásia para cá, então quando a gente exporta é mais para, quando sai do Brasil é mais para a América do Sul, então tem muito pouca, realmente tem muito pouca incidência para a Zona Fraca de Manaus. O que eu posso ver daí é alguma oportunidade. Seja com a reforma tributária que nós fizemos, que Manaus será o único local onde terá benefício fiscal a partir de 2032 e também agora com essa eventual substituição de importações, algumas empresas poderão vir, produzir aqui Manaus para vender no mercado interno. Se isso perdurar, eu acho que esse tarifaço de 50% não vai perdurar.

Rede Onda Digital – Um dos assuntos mais comentados do momento, é o tarifaço imposto pelos EUA sobre o Brasil. Qual sua avaliação sobre isso? Acredita que Donald Trump vai voltar atrás sobre isso?

Pauderney Avelino – Vai voltar atrás, mesmo porque ele não está prejudicando só o Brasil, está prejudicando os Estados Unidos, sobretudo porque o Brasil é parceiro, tem uma pauta de comércio com os Estados Unidos, que vai desde o suco de laranja até a mais alta tecnologia, como é o fornecimento de aviões, e eu semana passada estive na fábrica de aviões da Embraer, e nós temos que nos orgulhar da Embraer, que é uma empresa fantástica, a terceira maior empresa de fabricação de aviões do mundo, entendeu?! Nós vendemos aviões fabricados no Brasil, desenvolvidos no Brasil, para os Estados Unidos, para a China, para o mundo inteiro.

Então, os empresários, tanto de um lado quanto de outro, tem 4 mil empresas americanas no Brasil, 4 mil. Então, os empresários deverão chegar até a Casa Branca, até ele, para dizer, ó, bota a mão na consciência aí, bota a mão na cabeça, você está prejudicando a gente. E está prejudicando o povo americano, porque o suco laranja, o café e a carne, a maior parte vão daqui para os Estados Unidos. E aí vai ter inflação, vai ter aumento de custo, e quem vai pagar é o americano comum.