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Polícia Federal retém em São Paulo palestino suspeito de integrar alto escalão do Hamas

Polícia Federal retém em São Paulo palestino suspeito de integrar alto escalão do Hamas

Diogo Rocha
Por Diogo Rocha | 22 de junho de 2024

Um cidadão palestino, identificado como Muslim M. A Abuumar, e três familiares dele que desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foram impedidos temporariamente de serem repatriados pela Polícia Federal (PF) neste sábado (22/06). A corporação cumpriu uma decisão liminar da Justiça Federal.

O grupo, que iniciou a viagem em Kuala Lumpur, capital da Malásia, foi impedido de entrar no Brasil, onde desembarcou na tarde de sexta-feira (21/06) em um voo da Qatar Airways, que partiu de Doha, capital do Catar.

Os agentes brasileiros afirmam que há a suspeita de que o palestino de 37 anos integre o alto escalão do Hamas. Ele seria um dos porta-vozes autorizados a falar em nome do grupo que promoveu os ataques terroristas em 7 de Outubro contra Israel.

Ainda de acordo com os investigadores, o homem integra a lista do FBI – a polícia federal americana – que monitora suspeitos de integrar grupos terroristas: a Terrorist Screening Center (TSC).


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Muslim M. A Abuumar está acompanhado da mulher – grávida de 7 meses – um filho de 6 anos e a sogra, de 69 anos. Abuumar emitiu no dia 13 de junho um visto de 90 dias para permanecer no Brasil. Já os outros três familiares são cidadãos malaios e não precisam de visto para entrar no país.

A suspeita dos investigadores é que Abummar tenha vindo ao Brasil para que a mulher tenha o filho. Deste modo, a criança nasceria brasileira, o que garantiria a naturalização e a permanência dos familiares no território brasileiro.

Para a PF, esse “modus operandi” foi observado em outras pessoas suspeitas de estarem vinculadas a organizações responsáveis por atos terroristas e que o cenário justifica o impedimento para entrarem no país.

Neste sábado, porém, a juíza plantonista Millena Marjorie Fonseca da Cunha, da subseção judiciária de Guarulhos, atendendo o pedido da defesa – que alegou que a PF não explicitou os motivos para impedir a entrada da família no Brasil – determinou que a extradição não fosse feita até “melhor compreensão dos fatos.”

A magistrada deu 24 horas para que a PF preste informações sobre o caso e ainda determinou que sejam tomadas providências necessárias para garantir atendimento médico-hospitalar para a mulher grávida.

*Com informações da CNN Brasil