A Justiça determinou o afastamento imediato de uma vice-prefeita do interior no estado de São Paulo, após suspeitas de uso irregular de verba pública. Segundo o Ministério Público, ela teria pago R$ 41,2 mil a uma empresa de treinamentos para contratar um suposto trabalho espiritual de “amarração amorosa” envolvendo um coordenador municipal de Saúde, que também foi afastado.

A decisão do juiz Yuri Barberino, do Foro de Apiaí, proíbe os dois de frequentarem qualquer dependência da prefeitura e também suspendeu seus salários. Eles também não podem manter contato com testemunhas da investigação nem com servidores das áreas de saúde, compras, licitação, contratos, contabilidade e tesouraria.

As investigações começaram após a autodenominada “Mentora Samantha” publicar no Instagram um comprovante de pagamento em nome da empresa que teria recebido o valor da prefeitura apenas 12 minutos após a emissão da nota fiscal. O repasse, segundo o MP, estaria maquiado como prestação de serviços médico-hospitalares.

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Além da “amarração”, o MP identificou indícios de outras irregularidades. Entre elas, pagamentos duplicados a médicos plantonistas contratados via WhatsApp e a suspeita de que a mesma empresa, com sede em uma casa simples em Curitiba (PR), funcione como empresa de fachada para intermediar repasses.

A Justiça suspendeu todos os contratos da prefeitura com a empresa e proibiu novos acordos. A vice-prefeita, o coordenador municipal de Saúde e o dono da empresa, são alvos de uma ação por improbidade administrativa. Ainda cabe recurso.

Vice-prefeita é afastada após suspeita de usar verba pública para “amarração amorosa” com servidor