O primo de Djidja Cardoso, o neurocirurgião Paloam Cardoso, depôs à Polícia na tarde desta quarta (5/6). Ele é o autor de áudios que repercutiram muito na mídia, nos quais ele critica Cleusimar, a mãe de Djidja, e o irmão dela, Ademar, pelas suas condutas na morte de Maria Venina de Jesus Cardoso, matriarca da família e avó dele.

Nos áudios, ele afirma que Cleusimar e Ademar estavam aplicando drogas em Maria Venina, de 82 anos, após ela ter sofrido uma queda, e que isso teria contribuído para a morte da mulher.

Na saída do depoimento, no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Paloam falou brevemente com a imprensa e chamou a morte de Djidja de “tragédia anunciada”. Ele disse:

“Me emocionei com o rapaz que disse ‘meu sentimento’ à minha avó. Imagina a minha avó agora? A minha avó agora tá sendo vista, né? A história. A minha mãe está há três dias passando mal. Uma parte, grande parte da família Cardoso, a gente está sofrendo demais. São duas perdas. É uma tragédia anunciada.

Então, vocês estão acompanhando. O desenrolar está aí, pra sociedade saber. A gente realmente está passando por um dos piores momentos”.

Paloam também falou brevemente sobre a morte da avó:

“Da minha avó, me parece que vai ter uma investigação. A gente vai ter que responder em relação a isso. A gente sabe, mas a gente não tem noção do que era. Também estamos muito abismados com todos os vídeos”.

Maria Venina morreu em 29 de junho de 2023, em Parintins, a 369 quilômetros de Manaus (AM).

Djidja Cardoso morreu na última terça-feira (28/05), e desde sua morte, fatos envolvendo sua família começaram a surgir. O caso chocou o Amazonas e ganhou repercussão nacional.

Cleusimar, Ademar e funcionários da rede de salões de beleza que pertencem à família estão presos. A polícia afirmou que estava investigando a família há um mês por tráfico de drogas. Segundo o inquérito, Cleusimar, Ademar e Djidja chefiavam uma seita religiosa que promovia o uso de ketamina para alcançar plenitude espiritual.