Após 72 horas de buscas intensas, equipes de resgate localizaram neste domingo (3/8) o quinto e último corpo dos trabalhadores que estavam desaparecidos após o desabamento de uma galeria na mina El Teniente, localizada na região central do Chile. Com isso, sobe para seis o número total de mortos no acidente, incluindo um trabalhador que faleceu no momento do colapso, ocorrido na noite da última quinta-feira (31/7).

A operação de resgate mobilizou dezenas de profissionais, que percorreram e limparam mais de 78 metros de passagens subterrâneas até localizarem todos os corpos. O tremor de terra de magnitude 4,2 que atingiu o país foi a causa do colapso estrutural, segundo as primeiras investigações.

O promotor regional Aquiles Cubillos informou que o local do acidente foi isolado e que a fase de resgate foi oficialmente encerrada. “Agora, nos comprometemos a apurar com rigor as causas do desabamento e garantir a responsabilização adequada, caso haja falhas”, afirmou em coletiva.

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El Teniente: maior mina de cobre do mundo

A mina de El Teniente, operada pela estatal Codelco, é considerada o maior depósito de cobre do planeta. O local tem grande importância econômica para o Chile, maior produtor mundial do mineral. Com a tragédia, a produção foi temporariamente interrompida em parte da estrutura para garantir a segurança dos trabalhadores e a integridade das operações.

Vítimas identificadas

As autoridades chilenas confirmaram os nomes dos trabalhadores que morreram no desastre:

Moisés Pavez Armijo
Gonzalo Núñez Caroca
Álex Araya Acevedo
Jean Miranda Ibaceta
Carlos Arancibia Valenzuela
Paulo Marín Tapia – este último foi o primeiro corpo encontrado, logo após o colapso.

Familiares das vítimas foram acolhidos pelas autoridades locais e pela direção da Codelco, que se comprometeu a prestar apoio às famílias enlutadas.

Investigações continuam

O Ministério Público e órgãos de segurança do trabalho do Chile continuam as investigações técnicas para determinar as causas exatas do colapso, além de avaliar se houve negligência por parte da administração da mina.

Este é um dos mais graves acidentes recentes em minas chilenas desde o caso emblemático dos 33 mineiros soterrados em Copiapó, em 2010, que tiveram desfecho diferente após serem resgatados com vida após 69 dias.

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