Ines Rau é uma modelo francesa, de 32 anos, de ascendência argelina, que realizou uma cirurgia de transição de gênero aos 16 anos, mas somente aos 27 assumiu para o mundo a condição de mulher trans. A beleza ímpar dela possibilitou que em novembro de 2017 se tornasse a primeira mulher trans a posar para um ensaio principal da Playboy.

E o que isso tem a ver com a Copa do Mundo e os torcedores argentinos que estão no Catar? Ines é constantemente apontada como sendo namorada do craque francês Mbappé, 23.

O relacionamento entre os dois nunca foi confirmado pelas partes, mas desde que esse burburinho surgiu, há seis meses, uma grande expectativa surgiu sobre a presença de Ines Rau ao lado do craque francês, que tem igualmente ascendência argelina, no Catar. O anfitrião da Copa é um dos países mais fechados do mundo do ponto de vista religioso e o homossexualismo é crime previsto com até pena de morte. A grande dúvida é saber como as autoridades deste país fechado vão lidar com uma possível ida de Ines ao lado de Mbappé para assistir os jogos da atual campeã mundial.

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Os argentinos, cujo compatriota Lionel Messi divide os gramados com Mbappé no Paris Saint-Germain, têm uma rixa histórica com a seleção azul e alguns que já chegaram ao Catar começaram a entoar cânticos transfôbicos, nesta semana, justamente endereçados a essa suposta namorada do craque francês.

Independente dos ataques e de ser real ou não o namoro com Mbappé, Ines Rau tem brilho próprio, principalmente depois que em 2017 publicou um livro chamado “Mulher”, no qual escreve sua biografia e fala sobre a demora para assumir a transição de gênerro.

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Na obra, Ines Rau contou o motivo de ter escondido a transição por tanto tempo.

“Eu vivi muito tempo sem falar que era transgênero. Eu namorei muito e quase esqueci. Eu tinha medo de nunca achar um namorado e ser vista como estranha. Aí eu pensei: ‘Você precisa apenas ser você mesma’. É uma salvação falar sobre sua própria verdade, seja seu gênero, sexualidade, o que for. As pessoas que te rejeitam não valem a pena. Não é ser amada pelos outros, é amar a si mesmo”, explicou.

Nas redes sociais, Ines tem mais de 750 mil seguidores. Após a publicação da Playboy, Ines trabalhou como modelo em Nova York e na Itália.

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