A empresária Carolina Andraus trava uma briga na Justiça de 246 milhões de reais com o ex-marido e ex-senador Gilberto Miranda. Influentes, os dois fizeram fortuna no porto de Santos e no setor de gás e no setor de gás.

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Na ação, Carolina pede dinheiro, imóveis e obras de arte em poder do ex. Ela acusa na Justiça o ex-senador Gilberto Miranda de ficar com a fortuna após estruturarem a venda de um terminal do Porto de Santos. A empresária demonstrou no processo e em publicações em suas redes sociais a vida influente do casal para mostrar que ela participava ativamente das negociações e, por causa disso, teria direito a um pedaço importante da fortuna construída.

Quando se conheceram, por intermédio de uma filha do ex-senador que era amiga de Carolina, ela tinha 30 anos e ele, 67.

De 2019 para cá, entretanto, esse mundo de sonhos ruiu e deu lugar a uma feroz batalha nos tribunais paulistas pelo naco de uma fortuna estimada em 1 bilhão de reais. Carolina move uma ação contra o agora ex-marido exigindo ao menos 246 milhões de reais. Segundo ela, que afirma ter saído do relacionamento de mãos quase vazias, considerando o padrão de vida que levavam, o impressionante patrimônio era fruto do trabalho conjunto do casal, e não apenas de Miranda, que ficou com tudo.

O ex-senador não comenta o assunto e seu advogado, Rui Celso Fragoso, defende a tese de que a ex não tem nenhuma razão em suas queixas. “Eles se casaram em regime de separação total dos bens”, afirma. Carolina, por sua vez, sustenta que grande parte da fortuna de 1 bilhão de reais foi amealhada quando os dois estavam juntos.

Gilberto é natural de São José do Rio Preto (SP), ele foi senador pelo Amazonas por três mandatos, o mais longo deles, entre os anos de 1999 e 2007. Estava sempre ao lado de nomes da elite política da época como Amazonino Mendes. Teve o seu nome envolvido em alguns escândalos políticos, foi alvo de buscas e apreensão da Polícia Federal, mas nunca condenado. Já Carolina foi formada em administração pela Fundação Getulio Vargas, fez mestrados os Estados Unidos, e tinha uma grife de moda e experiência no mercado financeiro.

O casal morava em duas mansões no Jardim Europa, bairro nobre da capital paulista, na residência aconteciam reuniões e jantares com empresários personalidades da política e a outra apenas para os amigos mais próximos, se deslocava em um helicóptero de R$ 8 milhões, viajava em um veleiro e também em um jatinho particular.

Carolina perdeu a primeira e na segunda instâncias no TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), mas que ela recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), na qual aguarda uma nova sentença.

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