As eleições de outubro deste ano trarão um marco na inclusão de candidatos trans e travestis na política brasileira. Dados da Justiça Eleitoral revelam que, até a última quinta-feira (15/08), 335 candidatos solicitaram o uso do nome social nas urnas eletrônicas. Este número representa um crescimento de, aproximadamente, 95.6% em relação ao pleito anterior.

Entre os pedidos recebidos até o prazo final, três candidatos concorrem ao cargo de prefeito, enquanto 332 disputam vagas na câmara municipal.

O nome social é aquele com o qual pessoas trans e travestis se identificam e são reconhecidas socialmente. Desde 2018, uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitiu que candidatos e candidatas transgêneros utilizassem seus nomes sociais nas urnas eletrônicas durante as eleições para cargos majoritários e proporcionais, como presidente, governador e deputado.

No pleito de 2020, a novidade se estendeu às eleições municipais, permitindo que candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador também utilizassem seus nomes sociais. Naquele ano, 171 candidatos ao cargo de vereador optaram por registrar seus nomes sociais, refletindo um aumento de visibilidade e inclusão.

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Eleitores com nome social

O número de solicitações feitas por eleitores também disparou este ano. Segundo dados do TSE, foram registrados 41.537 pedidos de inclusão do nome social no título de eleitor, desse total, 21.367 são eleitoras e 20.170 são eleitores.

Esse número representa um aumento de quatro vezes em relação ao último pleito municipal, quando 9.985 pessoas optaram por essa mudança. No Amazonas, 485 eleitores utilizarão o nome social no título de eleitor este ano.

Número de pedidos de nome social por candidatos cresceu 95% desde o último pleito municipal

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