O senador Humberto Costa (PT-PE) foi escolhido para substituir Gleisi Hoffmann na presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) até o dia 6 de julho. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (06/03) pela Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária da legenda, após a nomeação de Gleisi para o comando da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo Lula.

A indicação de Humberto Costa deve ser oficializada em reunião da executiva do partido nesta sexta-feira (07), com o apoio da corrente Movimento PT, a segunda maior força interna. Com essa articulação, a confirmação do senador como presidente interino do PT é praticamente certa, restando apenas a aprovação formal pelo diretório nacional da legenda.

O mandato-tampão de Humberto Costa será válido até as eleições internas do PT em julho, quando será escolhido o novo presidente da sigla. O nome favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva. No entanto, setores da CNB ainda mantêm esperança de que Costa possa se viabilizar para concorrer ao cargo definitivo.

Humberto Costa - Senador deve assumir lugar de Gleisi Hoffmann na presidência do PT — Senador Humberto Costa (Foto: Gabriela Biló – 31.out.24/Folhapress)

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A CNB chegou a cogitar a indicação de José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados, mas optou pelo senador pernambucano. A substituição de Gleisi Hoffmann é uma exigência tanto do estatuto do partido quanto das normas da Comissão de Ética da Presidência da República, que impedem a ministra da SRI de acumular o cargo de presidente do PT.

Apesar de ser o preferido de Lula, Edinho Silva enfrenta resistências dentro do partido. Parte dos petistas considera que sua indicação apenas será viável caso o presidente da República interfira diretamente no processo. Seus opositores apontam que ele não conseguiu eleger sua sucessora na prefeitura de Araraquara nas eleições de 2024.

Edinho Silva tem percorrido o país para consolidar sua candidatura e defende que o PT diminua a polarização com Jair Bolsonaro (PL), estratégia criticada por Gleisi Hoffmann. Para ela, o embate com o ex-presidente é inevitável.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou na última sexta-feira (28/02) a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). A substituição ocorre após a saída de Alexandre Padilha, que foi realocado para o Ministério da Saúde.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (Foto: reprodução)

Segundo nota da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), a posse está marcada para o dia 10 de março, mesma data em que Padilha assume a nova função na Esplanada dos Ministérios.

Inicialmente, a troca de comando estava prevista para o dia 6, mas foi adiada para evitar um evento esvaziado devido ao Carnaval.

*Com informações de CNN e O Globo

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