A Espanha iniciou, nesta segunda-feira (28/4), o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica após um apagão de grandes proporções afetar a Península Ibérica. De acordo com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, cerca de metade do país já teve o serviço normalizado, enquanto o restante da população deverá ter a energia restabelecida até esta terça-feira (29/4).

Em discurso televisionado, Sánchez afirmou que ainda não se sabe a causa exata do apagão, e nenhuma hipótese foi descartada. Segundo ele, a rede elétrica da Espanha perdeu 15 gigawatts de energia em apenas cinco segundos, o que seria o equivalente a 60% da demanda nacional no momento da falha, um evento sem precedentes no país.

De acordo com Eduardo Prieto, diretor de serviços operacionais da Red Eléctrica Española (REE), o blecaute foi provocado por uma desconexão entre os sistemas elétricos da Espanha e da França, o que gerou um grave desequilíbrio na rede e levou ao colapso do sistema energético da Península Ibérica. “Isso nunca havia acontecido antes”, afirmou Prieto.

O apagão afetou gravemente as principais cidades espanholas, como Madri e Barcelona, e se estendeu para quase todo o território português. Apenas as Ilhas Baleares e as cidades autônomas de Ceuta e Melilla, no norte da África, não foram impactadas.

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Com a queda da energia, serviços essenciais foram interrompidos: semáforos apagaram, causando confusão no trânsito, estações de metrô e trem pararam de funcionar, e aeroportos registraram atrasos. A internet móvel também foi afetada, obrigando a população a recorrer ao SMS, meio de comunicação que estava praticamente em desuso.

Em resposta à crise, o governo espanhol declarou emergência nacional. A agência de notícias EFE classificou o evento como o maior apagão da história recente do país, afetando direta ou indiretamente quase toda a população.

O cenário gerou pânico entre os cidadãos. Em várias cidades da Espanha e de Portugal, milhares de pessoas correram para mercados em busca de alimentos e água, provocando longas filas e congestionamentos de carrinhos em lojas de Lisboa e Madri.

As autoridades seguem investigando as causas do blecaute e prometem divulgar mais informações assim que possível.

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