A construção de um segundo prédio na Câmara Municipal de Manaus (CMM) voltou aos holofotes nesta semana, o presidente da casa legislativa David Reis (Avante), defendeu a extensão da estrutura como algo necessário aos vereadores e servidores, podendo atender e flexibilizar os trabalhos legislativos. O custo seria de quase R$ 32 milhões.

“A verdade de tudo isso é que a Câmara Municipal de Manaus requer de um novo espaço, e nós tentamos iniciar esse novo projeto, algo que já tinha lá na CMM, desvirtuaram esse projeto chamando ele de puxadinho, mas se ele tivesse vingado seria um prédio com 12 mil metros quadrados, se você dividir 32 milhões que era a saúde financeira que a Câmara dispunha naquele momento por 12 mil metros, iria chegar a um valor de 2.666 reais por metro quadrado”, explicou.

Com o valor de R$ 31.979.575,63, conforme o Edital de Concorrência nº 001/2021, que dispõe das condições para o processo de licitação para contratação de empresa de engenharia, a obra deveria alocar os servidores e parlamentares da Casa Legislativa, assim como os visitantes. O prédio iria possuir quatro andares em um total de quase 12 mil metros quadrados, conforme o plano diretor da obra.

Segundo Reis, foi veiculado naquele tempo somente o valor exorbitante da obra e não funcionalidade dela. E atualmente, quem vai a Câmara Municipal Manaus, percebe a dificuldade de alocar servidores e os novos vereadores, além de visitantes que também enfrentam empecilhos ao visitar a casa legislativa.

Algo a ser pensado

Ainda com cautela, para o presidente da CMM, retornar esse projeto seria algo a se pensar. Mesmo defendendo a construção de um segundo prédio, Reis acredita que o texto pode ser reformulado e, assim, ser discutido a possiblidade de um anexo.

“Não sei se seria o momento de retornar, eu sei que a Câmara carece de alguém que possa fazer esse projeto de forma que, não é urgente, mas necessário”, pontuou.

Outro ponto destacado, durante à época, foi encaminhado Ministério Público do Amazonas (MP-AM) as demandas referentes à denúncia feita pelos vereadores Amom Mandel e Rodrigo Guedes.

“São 51 gabinetes no ‘puxadinho’, Manaus só terá 51 vereadores quando atingir uma população entre 6 e 7 milhões de habitantes, e segundo o senso do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] nem em 2060 Manaus terá essa quantidade de população. A argumentação para essa construção não se sustenta”, disse o então vereador na época Amom Mandel.

Sobre isso, Reis rebateu que a ideia foi deturpada e que a realidade era bem diferente do que foi noticiado.

“Venderam muito, inclusive na época, que eu estaria fazendo uma Câmara para 55 vereadores, não é isso, eu não iria aumentar a quantidade de vereadores. O que aumenta a representatividade de uma cidade é o aumento populacional dela, então isso é uma questão do Censo com o crescimento da cidade de Manaus. Hoje, Manaus tem seus 41 representantes, mas um dia vai chegar nos 55, e essa obra ela iria justamente contemplar isso”, disse.

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Ausências

Após ser declarado presidente da CMM, dia primeiro de janeiro, David Reis respondeu, em coletiva de imprensa, que as faltas foram motivadas por problemas de saúde. O parlamentar assumiu que enfrenta uma hipertensão e por isso, se ausentava das sessões.

“Eu sou desprendido de estar ali (CMM), o tempo todo presidindo as sessões. Aquele que está na linha sucessória automaticamente vai e preside as sessões. Nós temos na nossa mesa diretora três vice-presidentes, qualquer um que se ausente o outro tem qualidade e capacidade de substituir”, destacou.

Escolegis

O programa de cursos livres oferecidos pela Câmara Municipal de Manaus (CMM), nomeado como Escola do Legislativo (Escolegis), pode retornar. Segundo Reis, caso tenha viabilidade financeira, planeja retomá-la.

As declarações foram feitas a Rede Tiradentes nesta segunda-feira (6/1).

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