
Viajar com pets exige planejamento e atenção às regras de transporte; veja quais

Viajar com animais de estimação pode ser uma experiência enriquecedora, mas exige preparo e responsabilidade. A médica veterinária Christiany de Oliveira Nunes, docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Martha Falcão Wyden, em Manaus, alerta que o planejamento é essencial para garantir o bem-estar dos pets durante o deslocamento e a estadia fora de casa.
“O ideal é considerar o perfil do animal, o tempo e o meio de transporte da viagem. Nem todos os pets se adaptam bem a mudanças de ambiente e deslocamento”, explica a especialista.
Ao programar uma viagem, o tutor deve se atentar a aspectos como a aceitação de animais no destino, regras específicas das companhias de transporte e exigências para o embarque. No caso de viagens de carro, é recomendável o uso de caixas de transporte adequadas, realização de paradas regulares, além de levar ração, brinquedos e itens de higiene.
Leia mais
VÍDEO: Cantor Fabiano comenta sobre acidente de carro em Juiz de Fora: “Livramento”
Para quem viaja de avião, cada companhia aérea possui normas próprias sobre o transporte de animais na cabine ou no porão. O peso, o tamanho do pet e o modelo da caixa de transporte são critérios determinantes. “É essencial consultar as exigências da empresa com antecedência, obter atestado de saúde, atualizar as vacinas e providenciar toda a documentação necessária para evitar contratempos no embarque”, orienta a veterinária.
Viagens
Em viagens internacionais, o processo se torna mais complexo. Cães e gatos precisam de um documento emitido pela autoridade veterinária do país de origem que comprove o estado de saúde do animal e o cumprimento das exigências sanitárias do país de destino. Muitos destinos também exigem microchip de identificação, exames específicos e o Certificado Veterinário Internacional (CVI), além do Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos, emitido pelo Ministério da Agricultura. A recomendação é iniciar os trâmites com no mínimo três meses de antecedência.
Para os animais que se estressam facilmente, uma alternativa é deixá-los em hotéis para pets. Nestes casos, é importante visitar previamente o local e avaliar aspectos como segurança, higiene, recreação e supervisão. “Levar objetos com o cheiro da casa ajuda na adaptação do animal ao novo ambiente”, afirma Christiany.
Outra possibilidade é deixar o pet sob os cuidados de familiares, amigos ou um pet sitter. Nessa opção, o tutor deve fornecer orientações detalhadas sobre alimentação, rotina e contato do veterinário responsável, além de promover um encontro prévio para que o animal se familiarize com a pessoa que cuidará dele.
A veterinária reforça que, independentemente da escolha, os animais não devem permanecer sozinhos por longos períodos. “Mesmo os gatos, conhecidos por serem mais independentes, precisam de supervisão diária para garantir alimentação, água limpa, higiene e saúde”, conclui.