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Abin paralela: Relatório da PF diz que Jair Bolsonaro e seu filho era peças centrais da organização

Abin paralela: Relatório da PF diz que Jair Bolsonaro e seu filho era peças centrais da organização

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 18 de junho de 2025

De acordo com o relatório final da Polícia Federal (PF) sobre o esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o ex-presidente Jair Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro faziam parte do núcleo estratégico da organização criminosa que operava dentro do órgão durante o governo anterior.

Segundo o documento, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), o grupo era formado por integrantes do alto escalão do governo, incluindo Jair e Carlos Bolsonaro, que, segundo os investigadores, atuavam diretamente na definição dos alvos e nas estratégias das ações clandestinas.

O relatório afirma que esse núcleo comandava as diretrizes do esquema, escolhia os alvos — como adversários políticos, instituições e até o sistema eleitoral — e se beneficiava das informações produzidas ilegalmente. A PF classifica esse grupo como o “centro decisório” e principal beneficiário das vantagens ilícitas, que teriam como objetivo a manutenção no poder e o enfraquecimento de opositores.


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Os dois já foram indiciados no inquérito por suspeita de participação na estrutura paralela de inteligência. Segundo a PF, a organização criminosa utilizava de forma sistemática os recursos humanos, tecnológicos e financeiros da Abin para atender interesses políticos, violando a função institucional do órgão.

As investigações também apontam que a cúpula da agência usava a hierarquia interna para encobrir as práticas ilegais, disfarçando as operações sob aparência de legalidade. Policiais federais cedidos à Abin e servidores da própria agência participavam diretamente das atividades clandestinas.

Ainda segundo a PF, o objetivo da operação ilegal ia além da simples vigilância: tratava-se de um movimento articulado para proteger o grupo no poder, inclusive com potenciais riscos ao Estado Democrático de Direito.

(*)Com informações do G1