
Jovem morre após tentativa de aborto clandestino em quarto de motel

Uma jovem identificada como Gabriela Patrícia de Jesus Silva, de 20 anos, morreu na noite da última sexta-feira (1º/8) em decorrência de complicações provocadas por um aborto ilegal, realizado em um quarto de motel no município de Ceres, região central de Goiás.
Segundo a Polícia Civil, o aborto foi induzido com medicamentos proibidos, aplicados por um cirurgião dentista e uma técnica em enfermagem, que foram presos em flagrante logo após o ocorrido. A jovem foi levada em estado crítico a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, já apresentando convulsões e perfurações no braço, supostamente causadas pelo uso de agulhas durante o procedimento.
De acordo com os profissionais de saúde, Gabriela chegou à unidade em estado gravíssimo e foi imediatamente entubada. Apesar dos esforços da equipe médica, a jovem não resistiu e morreu horas depois. O caso foi comunicado à polícia ainda durante o atendimento.
Durante a investigação preliminar, os policiais apreenderam materiais utilizados no aborto, como seringas, embalagens de medicamentos e lençóis com vestígios de sangue, encontrados no quarto onde o procedimento foi realizado.
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Suspeitos estão presos
Os dois suspeitos envolvidos no caso – cujas identidades não foram reveladas – foram presos em flagrante e permanecem detidos à disposição da Justiça. A polícia segue investigando o caso para entender o nível de envolvimento de cada um, bem como a origem dos medicamentos utilizados.
A tipificação do crime pode incluir homicídio doloso com dolo eventual, prática ilegal de aborto, e associação criminosa, a depender do avanço das apurações.