
“Precisamos retomar os trabalhos” diz Alcolumbre após paralisaçao dos trabalhos legislativos pela oposição

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), classificou como um “ato arbitrário” a ocupação das mesas diretoras da Câmara e do Senado por parlamentares da oposição nesta terça-feira (5/8). A manifestação foi liderada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que interromperam os trabalhos legislativos em protesto.
Os parlamentares exigem que as presidências das duas Casas se comprometam a colocar em pauta a proposta de anistia ampla para os condenados por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. O grupo também cobra a análise do pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, além do fim do foro privilegiado, o que levaria Bolsonaro a ser julgado na primeira instância.
Diante do impasse, Alcolumbre publicou uma nota pedindo equilíbrio. “Faço, portanto, um chamado à serenidade e ao espírito de cooperação. Precisamos retomar os trabalhos com respeito, civilidade e diálogo, para que o Congresso siga cumprindo sua missão em favor do Brasil e da nossa população”, declarou o presidente do Senado em nota.
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Na Câmara, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) também se pronunciou, informando o encerramento das sessões do dia e anunciando que convocará uma reunião com os líderes partidários para definir os próximos passos. “As pautas serão definidas com base no diálogo e no respeito às instituições. O Parlamento deve ser um espaço de construção de consensos”, declarou.
Aliados do governo criticaram a mobilização da oposição e pediram que a presidência da Câmara restabeleça a ordem. Em resposta, Alcolumbre também confirmou que chamará os líderes partidários para uma nova reunião, destacando a necessidade de priorizar projetos relevantes para a população.
Com o fim do recesso parlamentar, o Congresso retoma as atividades com temas de grande impacto na agenda econômica, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, além da regulamentação das apostas esportivas (as chamadas “bets”) e a taxação de investimentos atualmente isentos.
(*)Com informações da Agência Brasil