
“Fico à disposição pelo meu nome, pelo perfil que eu tenho; acho que o fato de eu ser vice-governador me credencia”, declara Tadeu de Souza sobre eleições 2026

Em busca de maior projeção política, o vice-governador do Estado do Amazonas, Tadeu de Souza (Avante), concedeu entrevista exclusiva à Rede Onda Digital na tarde desta terça-feira (22/07). Em segunda posição no Executivo estadual, Tadeu foi questionado sobre uma possível candidatura ao governo do Estado em 2026 e sobre a chance real de assumir o comando do Governo do Amazonas antes das eleições.
Essa possibilidade existe, mas depende da decisão do atual governador Wilson Lima em disputar um cargo nas eleições de 2026. O nome de Wilson é cogitado para a disputa de uma vaga no Senado Federal ou, menos provável, para uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo Amazonas.
Ao ser questionado sobre o assunto, Tadeu reconheceu que há uma expectativa real quanto à sua possível ascensão ao cargo de governador. O vice destacou que a situação do Amazonas segue uma tendência nacional, onde vários governadores reeleitos devem renunciar para concorrer ao Senado, deixando o governo nas mãos de seus vices.
“Na verdade, há uma expectativa muito grande acerca dessa projeção para o Senado. Eu costumo dizer que, dos 27 Estados da Federação, em 17 deles existe a possibilidade de os governadores eleitos se desincompatibilizarem para concorrer ao Senado, como é praxe aqui no Brasil. Muitos desses vice-governadores ocupam cargos estratégicos na gestão pública. Você vê o caso do Damião, em Roraima, que é secretário de Infraestrutura; a vice-governadora do Acre é secretária de Assistência Social e possivelmente será indicada como candidata pelo grupo do atual governador do Acre. Portanto, há essas especulações sobre nomes, alianças partidárias e, do ponto de vista político, existe muito diálogo, muito amadurecimento”, explicou Tadeu.
Por enquanto, Tadeu adota cautela em relação a uma pré-candidatura majoritária ao governo estadual. Apesar disso, reconheceu que o cargo que ocupa o credencia para alçar voos maiores no cenário político amazonense.
“Eu acho que até 31 de março, ou início de abril, muita coisa pode acontecer. Há um processo de aproximação com lideranças nacionais e eu estou sempre atento para escutar todo mundo, tentando compreender o que é melhor para o Estado, o que é melhor para a cidade, o que é melhor para o projeto político coletivo. Uma coisa é certa: eu não tenho, de forma individual, nenhum projeto ambicioso de me tornar governador”, declarou.
Por fim, Tadeu destacou sua trajetória política e se colocou à disposição para compor uma chapa majoritária, possivelmente como vice, dependendo da configuração do cenário para 2026. Atualmente, Tadeu integra o grupo político do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que mantém alianças com lideranças como os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB).
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“Agora, eu me tornei vice por uma convergência político-partidária e, se esse cenário se reconfigurar novamente, eu fico à disposição pelo meu nome, pelo perfil que eu tenho. Acho que o fato de eu ser vice-governador, de vir do alto funcionalismo, como ex-procurador-geral do Estado, como alguém que já ocupou cargos na alta administração pública, me credencia para ser uma liderança no Estado, para eventualmente ocupar o cargo de governador”, concluiu Tadeu.
Disputa para ser vice em 2026
Nos bastidores, a disputa pela vaga de vice-governador também é intensa. Um dos nomes cotados é o do ex-prefeito de Parintins, Bi Garcia (PSD), aliado do senador Omar Aziz. Em entrevista recente a uma rádio local, Bi Garcia admitiu seu desejo de compor uma chapa majoritária como vice em 2026.
Por outro lado, o Partido dos Trabalhadores (PT) também articula uma possível candidatura própria ao governo do Amazonas, com foco na indicação de um nome para a vaga de vice em uma chapa de oposição. Segundo o ex-deputado federal Marcelo Ramos, em entrevista exclusiva à Rede Onda Digital nesta terça-feira (22/07), o partido pretende ter participação ativa na formação de alianças.
Com mais essa declaração de Tadeu, o cenário político amazonense segue indefinido, mas as movimentações de bastidores revelam uma disputa acirrada por espaços estratégicos nas eleições de 2026.
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