
EUA: Trump visita prisão “Alcatraz dos Jacarés” para abrigar imigrantes ilegais

Os Estados Unidos estão prestes a inaugurar um novo centro de detenção para imigrantes. O local foi visitado pelo presidente Donald Trump na terça-feira (1º/7) e foi batizado pelas autoridades locais de “Alcatraz dos Jacarés”.
O nome faz referência à histórica Prisão de Alcatraz, que ficava em uma ilha na Califórnia e foi desativada em 1963. Além disso, a nova estrutura fica na Flórida, em meio a um pântano repleto de jacarés — o que explica a citação ao animal no nome.
A Alcatraz dos Jacarés fica a apenas 60 km da cidade de Miami e vai receber imigrantes detidos, incluindo pessoas que vivem ilegalmente nos EUA. O pântano ao redor do presídio abriga cerca de 200 mil jacarés, além de crocodilos e cobras, e a localização do espaço foi escolhido justamente porque vai dificultar fugas.
Autoridades estimam que o local tem capacidade para abrigar até 5 mil detentos. O espaço conta com beliches que ficam dentro de celas fechadas por alambrados, em vez de grades comuns. O gasto anual para manter a estrutura ativa pode chegar a US$ 450 milhões(R$ 2,4 bilhões). O custo diário por detento foi estimado em US$ 247(R$ 1,3 mil), 54% acima do gasto em prisões comuns para imigrantes.
Segundo o governador da Flórida, Ron DeSantis, o local está pronto para receber presos a partir desta quarta-feira (2).
Para promover a inauguração do centro, a Casa Branca publicou nas redes sociais imagens de jacarés usando chapéus do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês). O partido de Trump também está vendendo itens com o animal estampado na Flórida.
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Críticas a “Alcatraz dos Jacarés”
Ambientalistas protestaram contra a escolha do local do presídio, construído após a desativação de um aeroporto. Segundo entidades de proteção ambiental, o local fica próximo ao Big Cypress National Preserve — uma área protegida que abriga espécies ameaçadas de extinção e outros animais. Trump minimizou as críticas de ambientalistas e afirmou que os animais que vivem na região irão “sobreviver”.
Entidades de direitos humanos também argumentaram que uma estrutura em um local isolado aumenta o risco de negligência e abusos, além de dificultar o acesso legal.
*com informações de G1