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Em Goiás, homem que queimou 700 hectares de fazenda diz que motivação foi “política”

Em Goiás, homem que queimou 700 hectares de fazenda diz que motivação foi “política”

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 26 de agosto de 2024

O homem preso por atear fogo em fazendas de Goiás no último sábado (24/8) declarou, em depoimento na delegacia, que a motivação para o incêndio criminoso foi política. Segundo Lucas Vieira, de 29 anos, ele teria recebido R$ 300 para provocar um incêndio na fazenda de um desafeto político.

Ele foi preso em Bom Jardim (GO), município próximo à divisa com Mato Grosso.

Ainda de acordo com seu depoimento, ele não sabe identificar o proprietário das terras, dizendo apenas que se tratava de um “desafeto político”, e que um homem chamado Rogério Silva, um pedreiro da região, teria pago a ele o valor e lhe dado instruções para o incêndio criminoso. Lucas também declarou ter problemas mentais.

A Polícia Militar estima que cerca de 700 hectares foram queimados. “O prejuízo causado é incalculável”, afirmou a PM.


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Rogério Silva foi procurado por reportagem do Metrópoles nesta segunda (26), e negou ter ordenado o incêndio.

O delegado  que apura o caso disse que solicitou uma vistoria para verificar o dano causado pelo incêndio e que ainda não está claro se a fazenda destruída é de propriedade de um político. O caso é investigado pela delegacia de Aragarças (GO). A polícia apreendeu o celular e R$ 307 em espécie que estavam com Lucas no momento da prisão.

O suspeito foi solto após audiência de custódia no domingo (25). Ele recebeu a liberdade provisória sob as condições de que não participe de atividades políticas, especialmente durante o período eleitoral; e que se apresente quinzenalmente em uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) para tratamento psiquiátrico.

No último fim de semana, Goiás, assim como o estado de São Paulo, viveu uma onda de incêndios florestais.

*Com informações do Metrópoles.