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Após derrota no Congresso, Lula aciona STF contra derrubada do aumento do IOF

Após derrota no Congresso, Lula aciona STF contra derrubada do aumento do IOF

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 27 de junho de 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Segundo o governo federal, a derrubada do decreto que alterava as alíquotas do IOF por meio do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) 314/2025 foi inconstitucional.

A avaliação do Executivo é que a prerrogativa de definir tarifas de impostos é exclusiva da Presidência da República, por meio do Ministério da Fazenda, e que o Congresso Nacional teria extrapolado seus limites constitucionais ao revogar o decreto.

Na Câmara dos Deputados, 383 parlamentares votaram pela derrubada da medida, contra 98 que a apoiaram.

Destes 383 votos favoráveis, 242 vieram de deputados pertencentes a partidos que possuem ministérios na Esplanada dos Ministérios. No Senado, a votação foi simbólica, sem registro nominal, para evitar exposição direta dos parlamentares ao Planalto.

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(Foto: Reprodução/Internet)

Nos bastidores já se comentava que o argumento de líderes governistas, no Congresso, seria de que o PDL (Projeto de Decreto Legislativo) é inconstitucional por não apontar compensações.

O governo cogita resgatar o caso da desoneração da folha de pagamento e pedir ao STF que force o Congresso a indicar como a conta será paga. O Congresso aprovou a prorrogação do benefício até 2027. A medida foi questionada no Supremo, que busca uma conciliação entre Executivo e Legislativo.


Saiba mais:


O Palácio do Planalto pretende argumentar no STF que não houve aumento desproporcional nas alíquotas do IOF e que a medida proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tinha base técnica e fiscal.

A Advocacia-Geral da União (AGU), chefiada por Jorge Messias, confirmou por meio de nota oficial que já iniciou a avaliação técnica sobre as medidas jurídicas possíveis para preservar a vigência do Decreto nº 12.499/2025, que trata do IOF. A AGU informou ainda que solicitou informações ao Ministério da Fazenda para embasar os estudos jurídicos e que uma decisão definitiva será divulgada após a conclusão da análise.

Leia a íntegra da nota da AGU:

A Advocacia-Geral da União (AGU) iniciou, a pedido do Senhor Presidente da República, uma avaliação técnica sobre as medidas jurídicas a serem adotadas para preservar a vigência do Decreto n. 12.499, de 2025 (IOF).

Nesse momento, a AGU solicitou informações ao Ministério da Fazenda para embasar os estudos.

Assim que a análise jurídica for finalizada, a AGU divulgará a decisão adotada.

Assessoria Especial de Comunicação Social da AGU