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Com quase 19 anos, nome Maria da Penha ‘caminha’ para ser oficializado em lei

Com quase 19 anos, nome Maria da Penha ‘caminha’ para ser oficializado em lei

Ana Flávia Oliveira
Por Ana Flávia Oliveira | 17 de julho de 2025

A Lei 11.340, de 2006, de combate à violência contra a mulher, prestes a completar 19 anos, será oficialmente denominada Lei Maria da Penha em breve. A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 16/7, o projeto que confere o nome.

O senador Paulo Paim (PT-RS) ficou surpreso em saber que até hoje a lei não tinha sido oficialmente denominada de Maria da Penha.

“Eu acho que grande parte do país não sabia que não estava oficializado o nome de Maria da Penha. Por tudo que sofreu durante a vida, as agressões, a tortura, temos convicção que a lei deve ser uma homenagem a ela”, declarou.

Agora, a matéria segue para o Plenário com requerimento para votação em regime de urgência.

O projeto não modifica o conteúdo da Lei 11.340, que já é conhecida informalmente como Lei Maria da Penha. O nome homenageia a farmacêutica bioquímica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após tentativa de assassinato pelo ex-marido.

O PL 5.178/2023, da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recebeu parecer favorável do relator, senador Flávio Arns (PSB-PR), lido pela presidente da comissão, senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Para Flávio Arns, a lei simboliza a luta e a redenção de Maria da Penha, que batalhou incansavelmente por justiça. Segundo ele, a norma, que em agosto de 2025 completa 19 anos, representou um marco no combate à violência doméstica e familiar, tendo nascido de intenso debate com a sociedade civil e movimentos feministas.


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Em seu voto, o senador ressalta que a lei transformou a briga entre marido e mulher, antes tratada como um problema privado, em um assunto de relevância pública. Segundo ele, a norma vem sendo aprimorada constantemente e é considerada uma das melhores legislações para combater a violência doméstica e familiar.

 

*Com informações de Agência Senado