Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
Ministro da Justiça anuncia fase policial no território yanomami

Ministro da Justiça anuncia fase policial no território yanomami

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 06 de fevereiro de 2023

O ministro da Justiça Flávio Dino anunciou hoje, 6, que o Governo Federal vai iniciar nesta semana a fase policial na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Esta fase implica em caráter coercitivo contra garimpeiros e financiadores da atividade mineral presentes na região.

Dino também afirmou que espera, até o fim da semana, a saída de 80% das 15 mil pessoas envolvidas com garimpo ilegal na região.

Também nesta fase, haverá a mobilização de um total de 500 homens da Força Nacional de Segurança para Roraima, a fim de garantir segurança das equipes nos postos da Fundação Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e nos centros de saúde que prestam assistência aos indígenas.

Dino declarou:

“Determinei hoje o deslocamento de mais 100 integrantes da Força Nacional que estarão, entre hoje e amanhã, chegando ao estado de Roraima para, com isso, fortalecer especialmente a segurança das bases da Funai e também dos postos de saúde. A missão primeira da Força Nacional em território Yanomami será esta”.


Leia mais:

Ministra diz que garimpeiros estão deixando terra yanomami

Relatos apontam 30 casos de jovens yanomami grávidas de garimpeiros


As Polícias Federal e Rodoviária Federal também irão atuar, com apoio logístico das Forças Armadas, na retirada compulsória de quem não deixar a terra yanomami.

Sobre a saída dos garimpeiros, Dino também afirmou:

“Claro que estamos neste momento permitindo que essas pessoas saiam pelos seus próprios meios, mas não haverá apoio do governo federal para essa retirada, porque consideramos que há incompatibilidade entre a natureza criminosa da atividade com o eventual apoio [do governo federal]”.

Mesmo assim, ele negou que o governo estaria permitindo a fuga em massa dos garimpeiros e garantiu que não haverá impunidade aos criminosos, e que investigações contra eles continuarão a serem feitas.