Operação destrói embarcações usadas no garimpo ilegal de ouro em área protegida no AM

Uma operação realizada nesta semana nas imediações da Estação Ecológica Juami-Japurá, localizada no município de Japurá, resultou na destruição de uma draga e rebocadores que eram empregados em atividades ilegais de extração de ouro. A ação foi conduzida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com apoio da Operação Ágata, coordenada pelas Forças Armadas.

O flagrante da destruição dos equipamentos foi registrado em vídeo, e segundo o ICMBio, a medida faz parte de uma ofensiva mais ampla para combater mineração clandestina em unidades de conservação ambiental na Amazônia. Além de garantir a proteção dessas áreas, a iniciativa busca ampliar a presença do Estado na região e desmantelar estruturas criminosas que operam em áreas remotas.

Repressão se intensifica em outros territórios

Em uma operação paralela, realizada entre os dias 25 de abril e 1º de maio, a Polícia Federal destruiu 21 dragas ilegais no Vale do Javari, outro ponto crítico da mineração predatória no estado. De acordo com a PF, os garimpeiros atuavam próximos a comunidades indígenas isoladas, colocando em risco tanto o meio ambiente quanto a integridade dessas populações.

A operação contou com a colaboração do Ibama e da Funai, mas nenhuma prisão foi efetuada até o momento.

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Inteligência e monitoramento por satélite

As ações de repressão têm sido guiadas por tecnologia de sensoriamento remoto e inteligência policial, permitindo a localização de embarcações e frentes de garimpo em áreas de difícil acesso. As forças envolvidas pretendem desarticular redes criminosas e impedir que novas áreas de proteção ambiental sejam invadidas por atividades de mineração ilegal.

O combate ao garimpo clandestino continua sendo uma das prioridades dos órgãos federais na região amazônica, onde a pressão sobre territórios indígenas e reservas ecológicas tem gerado conflitos e danos ambientais de grande escala.