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Quatro pessoas são presas por revender carne estragada vinda das enchentes do Rio Grande do Sul

Quatro pessoas são presas por revender carne estragada vinda das enchentes do Rio Grande do Sul

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 22 de janeiro de 2025

Nesta quarta (22/1), quatro pessoas foram presas em flagrante na Operação Carne Fraca, contra uma empresa do Sul Fluminense que comprou e revendeu para consumo humano proteína animal que ficou submersa por vários dias na enchente do Rio Grande do Sul em 2024. Em maio do ano passado, fortes chuvas devastaram o Rio Grande do Sul e deixaram mais de 200 mortos e muitos desaparecidos.

Entre os presos, está um dos donos da empresa, Almir Jorge Luís da Silva. Segundo as investigações da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), a Tem Di Tudo Salvados, do município Três Rios, arrematou 800 toneladas de proteína animal deteriorada de um frigorífico de Porto Alegre.

A empresa alegou aos produtores gaúchos que a mercadoria seria transformada em ração animal. Porém, a Delegacia do Consumidor (Decon-RJ) apurou que pacotes de carnes bovina, suína e de aves estragadas foram postas à venda para açougues e mercados de todo o país.

O delegado Wellington Vieira, responsável pela investigação, disse:

“Temos informações de que a carne foi maquiada para esconder a deterioração provocada pela lama e pela água que ficaram acumuladas lá no frigorífico da capital gaúcha.

Foram 32 carretas que saíram do Sul para diversos destinos do Brasil”.

Segundo a investigação, as pessoas que consumirem essa carne correm risco de morte.


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Nesta quarta, agentes da Decon cumpriram 8 mandados de busca e apreensão na sede da Tem Di Tudo Salvados e em endereços ligados aos sócios. Durante as varreduras, policiais encontraram mais alimentos podres ou vencidos e prenderam 4 pessoas em flagrante por vender ou ter em depósito mercadoria imprópria para o consumo.

Na sede da empresa, por exemplo, os agentes encontraram pacotes de carne embalados a vácuo que podem ser do lote deteriorado de Porto Alegre — 8 meses depois da tragédia.

Ainda de acordo com o delegado, a empresa lucrou muito com o esquema. Ele disse:

“Segundo as notas fiscais, a carne boa estava avaliada em torno de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por R$ 80 mil”.

Com informações de G1.