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Polícia prende maior ‘serial killer’ de Alagoas, que tirava fotos junto às lápides das vítimas

Polícia prende maior ‘serial killer’ de Alagoas, que tirava fotos junto às lápides das vítimas

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 18 de novembro de 2024

A Polícia Civil de Alagoas está conduzindo uma investigação contra Albino Santos de Lima, 42 anos: Ele está sendo considerado o maior assassino em série (serial killer)  da história do estado.

O homem, ex-segurança do sistema prisional do estado e filho de um policial militar aposentado, foi preso, sem resistência, em setembro deste ano. Na semana passada, ele assumiu a autoria de dez homicídios: sete mulheres e três homens. Ele teria cometido os crimes em Maceió, desde o final de 2023.

Albino foi preso após o assassinato de Ana Beatriz, de 13 anos.  A jovem foi perseguida e assassinada com um tiro na cabeça, em uma arena de esportes em Maceió. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

As primeiras testemunhas surgiram apenas após a divulgação de vídeos de Albino Santos de Lima circulando no bairro onde matou a jovem Ana Beatriz. A polícia fez busca na casa dele e encontrou a arma de fogo usada no crime, uma pistola 380 – que pertence ao pai do assassino – e um celular.


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No celular, os peritos encontraram duas pastas no aparelho: “Odiadas Instagram” e “Mortes especiais”. O perito José Farias informou:

“Fotos das vítimas de homicídio eram colocadas ao lado de um calendário, com a data do fato marcada. Ele também tirava prints de matérias de sites relacionadas aos crimes, e chegou a tirar fotos dentro do cemitério e da lápide de uma das vítimas”.

O delegado Gilson Rego, que apura os crimes, afirmou:

“Ele sempre agia do mesmo jeito, a maiorias das vezes à noite, usando roupas pretas e boné para esconder o rosto. Ele é um predador, um assassino em série, muito frio e calculista”.

De acordo com o assassino, as vítimas faziam parte de uma organização criminosa, o que não foi confirmado pela investigação. Ele se via como um “justiceiro” e sem demonstrar qualquer arrependimento, Albino admitiu que, se não fosse preso, continuaria matando.

Rego também disse:

“Nenhuma delas tem envolvimento com facção criminosa. Identificamos 10 vítimas, três delas eram do sexo masculino e sete mulheres, todas com o perfil muito semelhante, morenas, jovens, geralmente de cabelo cacheado, e dentre elas tinha uma mulher trans também com esse mesmo perfil físico”.

Segundo a coordenadora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Tacyane Ribeiro, Albino Santos de Lima teria alguma obsessão por essas jovens com características físicas semelhantes. Para ela, o homem deve ter sofrido algum tipo de rejeição, por isso teria ceifado a vida delas. Também foram encontradas no celular fotos de possíveis novas vítimas.

Os investigadores não têm dúvidas da autoria dele nos dez homicídios, com base nas provas técnicas obtidas. Porém, o número de vítimas pode ser maior: A polícia reabriu inquéritos antigos de homicídios cometidos entre 2019 e 2020 para apurar a possível autoria e envolvimento de Albino.

*Com informações de Metrópoles e Folha de S. Paulo