
Prefeitura de Manaus retira 400 toneladas de lixo do rio Negro em nova operação

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), realizou neste final de semana a 6ª operação de transbordo do lixo recolhido no leito do rio Negro e dos igarapés da cidade. A ação ocorreu no porto Trairi, bairro Santo Antônio, zona Oeste da capital, e mobilizou dezenas de trabalhadores, balsas, caçambas e maquinários pesados.
O objetivo da operção é retirar toneladas de resíduos sólidos acumulados nas áreas alagadas da cidade. A expectativa da Semulsp é que o volume de resíduos chegue a cerca de 400 toneladas, resultado da coleta realizada ao longo dos últimos 50 dias.
Embora haja redução considerável no lixo flutuante graças ao funcionamento das ecobarreiras instaladas pela prefeitura, fatores como o período chuvoso, a cheia dos rios e o descarte irregular da população contribuem para a elevação no volume coletado.
O subsecretário Operacional da Semulsp, Jairo Costa, comentou a operação:
“Estamos travando uma verdadeira guerra contra as lixeiras clandestinas. Só nos primeiros quinze dias de julho, nossas equipes desarticularam mais de 400 pontos de descarte irregular nos bairros. Isso é um crime contra a cidade, contra o meio ambiente e contra o próprio bem-estar da população”.
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Serviços gratuitos evitariam toneladas de lixo nos rios
A Semulsp reforça que a população tem à disposição serviços gratuitos que podem reduzir em até 50% o volume de resíduos despejados nos rios e no aterro sanitário. Um dos principais é a coleta agendada de grandes objetos — móveis velhos, eletrodomésticos, eletrônicos e até pequenos entulhos podem ser recolhidos diretamente nas casas, sem nenhum custo para o cidadão.
Também estão disponíveis pontos de entrega voluntária (PEVs) espalhados por todas as zonas da cidade, além da coleta seletiva porta a porta, garantindo destinação correta para materiais recicláveis.
“O lixo que encontramos nos igarapés poderia estar gerando emprego e renda. Só as garrafas PET, por exemplo, têm valor comercial de R$ 2,50 o quilo. O que vemos indo para o rio é dinheiro que poderia ser reaproveitado. Nosso apelo é para que a população colabore, use os serviços da prefeitura e ajude a construir uma cidade mais limpa e sustentável”, completa Costa.