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“Afirmações exóticas”, diz Dino sobre relatório que aponta piora do Brasil no ranking de corrupção

“Afirmações exóticas”, diz Dino sobre relatório que aponta piora do Brasil no ranking de corrupção

Kell Vasquez
Por Kell Vasquez | 31 de janeiro de 2024

Flávio Dino criticou, nesta quarta-feira (31/01), o relatório que aponta piora do Brasil no ranking que avalia a corrupção no mundo. O estudo, divulgado pela entidade Transparência Internacional, mostra que o país perdeu dois pontos e caiu 10 posições no Índice de Percepção de Corrupção (IPC) de 2023.

O futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) disse ter recebido com “espanto” o documento, o qual chamou de “atípico” e “anômalo”.

“Afirmações bastante exóticas nesse estudo. Eu demonstro aqui que a Polícia Federal continua firmemente, todos os dias, combatendo a corrupção. O que mudou é que pusemos fim à política de espetacularização do combate à corrupção, que é uma forma de corrupção”, declarou Dino.


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O ministro da Justiça apresentou dados do trabalho realizado pela Polícia Federal para combater a corrupção em 2023. De acordo com as informações divulgadas por Dino, em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (31/01), a PF deflagrou 227 operações, realizou 147 prisões, cumpriu 2.091 mandados de busca e apreensão e apreendeu R$ 897 milhões em bens e valores.

“Quem usa o combate à corrupção como bandeira política é tão corrupto quanto o corrupto. Essa foi a mudança da espetacularização que nós fizemos, mas as operações aí estão”, ressaltou Dino.

O ministro disse que mudanças legais também levaram à redução “da banalização da prisão preventiva”.

Abaixo da média global

Segundo dados divulgados na terça-feira, o Brasil ocupa a 104ª colocação entre os 180 países avaliados pela Transparência Internacional. O IPC é o maior indicador de corrupção do mundo e avalia os países com notas em uma escala entre 0 e 100. Quanto maior a nota, maior é a percepção de integridade do país.

O Brasil alcançou 36 pontos em 2023, o que, segundo a entidade, representa um desempenho ruim, pois coloca o país abaixo da média global, que é de 43 pontos.