
Alckmin faz reunião com o Agro e pede ajuda para reverter tarifaço de Trump

Durante o encontro com 19 representantes do Agro em Brasília, nesta segunda-feira (14/7), o vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, reforçou que quer o apoio direto dos produtores rurais e empresários do campo nas negociações bilaterais com o governo norte-americano.
O setor do agronegócio brasileiro foi colocado no centro das discussões sobre a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos às exportações do Brasil.
“Temos uma safra recorde em curso e o agro é decisivo para a economia nacional e para o equilíbrio da nossa balança comercial”, destacou Alckmin logo na abertura da reunião, na sede do MDIC.
A fala reforça o papel estratégico do setor, um dos mais afetados pelas medidas protecionistas anunciadas recentemente por Donald Trump, com previsão de início em 1º de agosto. Segundo o ministro, os prejuízos não serão apenas do lado brasileiro.
“As tarifas criam uma situação de perde-perde. Os Estados Unidos também sairão prejudicados, especialmente, suas empresas que operam aqui”, alertou.
Atualmente, mais de 4 mil empresas americanas atuam no Brasil, muitas com relações diretas com produtores e exportadores do agro.
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Alckmin também sugeriu que o agronegócio brasileiro se articule com seus parceiros comerciais nos EUA, aproveitando os laços comerciais já existentes.
“Vocês compram e vendem de empresas americanas. Esse diálogo entre setores pode ajudar muito nessa disputa comercial”, afirmou.
Apesar do esforço conjunto do governo, nomes como Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) não participaram desta segunda reunião, voltada exclusivamente ao agro.
Já a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que havia se ausentado da reunião da manhã com a indústria, marcou presença na conversa da tarde com os ruralistas.
*Com informações do O Globo.