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Amazonas se fortalece na proteção do bioma e na redução no índice de queimadas

Amazonas se fortalece na proteção do bioma e na redução no índice de queimadas

Ana Flávia Oliveira
Por Ana Flávia Oliveira | 17 de julho de 2025

No dia 17 de julho é comemorado o Dia da Proteção às Florestas e, de janeiro a junho deste ano, o Brasil registrou queda de 65,8% nas áreas queimadas em relação ao primeiro semestre do ano passado (2024).

Em números absolutos, o país saiu de 3,1 milhões de hectares queimados no primeiro semestre de 2024 para cerca de 1 milhão nos primeiros seis meses de 2025. Os dados, divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

No Amazonas, esse cenário de diminuição de queimadas e avanço em políticas públicas não é diferente, o compromisso com a proteção ambiental virou o foco nos últimos tempos. Investimentos que se transformam em niciativas representam uma estratégia de adaptação climática, proteção de vidas e resiliência ambiental no coração da Amazônia.

“Nosso governo se preparou para enfrentar a realidade das mudanças climáticas com ações práticas e investimento pesado em tecnologia, estrutura e dignidade para a nossa população. Estamos salvando vidas e protegendo o que temos de mais valioso: a floresta e o povo do Amazonas, que são premissas da nossa gestão”, afirma o governador Wilson Lima.

Combate às queimadas

Recentemente, o governador do Estado Wilson Lima (União Brasil) entregou o Grupamento Integrado de Combate a Incêndio e Proteção Civil (GCIP) em Lábrea (a 702 quilômetros de Manaus). Com isso, aumenta para cinco o número de municípios com novos grupamentos no interior do Amazonas.

Antes de Lábrea, já foram inauguradas bases em Tapauá, Rio Preto da Eva, Novo Aripuanã e Maués. A meta é expandir a estrutura do Corpo de Bombeiros de 11 para 27 municípios com presença fixa até o final do ano, ampliando a cobertura do serviço de emergência no interior.

“Aqui nós estamos entregando mais uma unidade de grupamento com o objetivo de combater as queimadas. Isso vai ser importante no período que se aproxima de estiagem e também servir de proteção civil para a população, porque essa é uma estrutura que será permanente, evitando sinistros como incêndios, fazendo resgates, e as equipes estarão aqui”, afirmou Wilson Lima.


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Resposta às mudanças climáticas

As cidades de Apuí, Autazes, Atalaia do Norte, Barcelos, Boca do Acre, Careiro Castanho, Coari, Envira, Itapiranga, Jutaí, Lábrea, Manaquiri, Manicoré, Maués, Novo Aripuanã e Tapauá, que somam uma população de aproximadamente 650 mil pessoas, distribuídas em áreas de vasta cobertura florestal, grande vulnerabilidade ambiental e difícil acesso, são alguns dos beneficiários em programas estratégicos do Estado para responder aos efeitos das mudanças climáticas.

A escolha desses municípios levou em consideração critérios como: ocorrência histórica de queimadas, densidade populacional, relevância socioeconômica e posicionamento geográfico.

“Com a instalação das novas bases dos GCIPs, entrega de viaturas, equipamentos e apoio humanitário, o governo amplia de forma inédita a presença do Estado nas regiões mais sensíveis da Amazônia, garantindo proteção às comunidades e reforçando a capacidade de enfrentar os impactos crescentes da crise climática”, reforça o governador do Estado.

Mudanças em números

Entre 1º de fevereiro e 10 de março de 2025, o desmatamento no Amazonas registrou uma queda de 85,30% em comparação com o mesmo período de 2024. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) contabilizou 453 ocorrências, totalizando 2.549 hectares de área desmatada. No mesmo intervalo de 2024, o estado registrou 3.082 eventos, resultando em 9.017 hectares de vegetação derrubada.

Além disso, o número de focos de calor também apresentou uma redução significativa. Durante o período, foram identificados 22 focos, uma queda de 85,43% em relação aos 151 registrados entre fevereiro e março de 2024.

“Utilizando tecnologias avançadas de imagens de satélite, o Ipaam consegue detectar alterações na cobertura florestal com alta precisão. Com o apoio de satélites de alta resolução, é possível identificar desmatamentos ilegais em tempo real, o que npossibilita uma resposta rápida e eficaz das equipes de fiscalização”, afirmou o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço.

Ações para ajudar a proteger as florestas

Você também pode ajudar a colaborar para a proteção das florestas e do meio ambiente, com ações simples que mudam e impactam o nosso futuro positivamente:

  • não colocar fogo em matas;
  • não jogar lixo no meio ambiente;
  • dar sempre prioridade aos papéis recicláveis;
  • não jogar cigarros ou objetos em combustão em florestas, por exemplo.