Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
Esteticista é presa por aplicar ‘mounjaro’ sem prescrição médica em Tefé

Esteticista é presa por aplicar ‘mounjaro’ sem prescrição médica em Tefé

Caroline Vasco
Por Caroline Vasco | 17 de julho de 2025

Uma esteticista de 30 anos foi presa, nesta quarta-feira (16/05), no município de Tefé, no interior do Amazonas. Ela é suspeita de exercício ilegal da medicina ao aplicar Mounjaro, medicamento controlado sem autorização médica em uma clínica estética do município.

De acordo com o delegado Renato Ferraz, da DIP de Tefé, as investigações tiveram início após a divulgação, nas redes sociais, da venda e aplicação do medicamento Mounjaro (tirzepatida), substância injetável e de uso controlado, indicada para tratamento de diabetes tipo 2 e controle do peso corporal.

“Ao chegarmos ao local, não encontramos a proprietária da clínica, mas fomos recebidos por uma funcionária que se apresentou como esteticista e afirmou ser a responsável pela aplicação do medicamento”, relatou o delegado.


Leia mais:

Lula se manifesta sobre acidente entre carreta e dois ônibus que matou 5 pessoas em Goiás; veja

Soldado do Exército reage a assalto e prende suspeito em Manaus


Agendamento de clientes

Ainda conforme a autoridade policial, durante a vistoria, a equipe encontrou diversas ampolas do medicamento já utilizadas e outras prontas para uso, além de duas agendas contendo nomes e horários de clientes que frequentavam o local para receber as aplicações.

Grave risco à saúde

Esteticista é presa por aplicar Mounjaro sem prescrição médica em Tefé
Foto: Divulgação

Segundo Ferraz, o medicamento Mounjaro é classificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como de uso controlado, cuja prescrição exige receita médica com retenção da via pela farmácia. Sua venda, armazenamento e aplicação também dependem de autorização específica da Anvisa, o que não foi apresentado pela responsável no local.

“A aplicação de substâncias controladas por pessoas não habilitadas representa um grave risco à saúde pública. A atuação policial tem como objetivo proteger a população de práticas ilegais disfarçadas de procedimentos estéticos”, explicou o delegado.

Ferraz acrescentou que o inquérito policial segue em andamento e que a Polícia Civil continua com as diligências para identificar e responsabilizar a proprietária do estabelecimento. Os fatos também serão comunicados à Vigilância Sanitária, que poderá adotar medidas administrativas contra a clínica.