
“Na fase de rescaldo”, diz Comandante do Corpo de Bombeiros sobre combate a incêndio no Distrito Industrial

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, coronel Orleilson Muniz, fez um pronunciamento ao vivo na noite desta quarta-feira (6/8) e trouxe detalhes da atuação da corporação no maior incêndio já registrado na história do estado. O fogo atingiu um galpão no Distrito Industrial de Manaus e já dura mais de 30 horas.
Segundo o comandante, o incêndio foi classificado como o maior já enfrentado pelo Corpo de Bombeiros no Amazonas e um dos mais desafiadores do país, dada a carga de incêndio envolvida — com queima de materiais altamente inflamáveis como polipropileno, solventes, borracha e plástico.
“Foi um enfrentamento extremamente qualificado. Em pouco mais de 24 horas o incêndio já está confinado. Ainda há pequenos focos, mas pontuais, que já entraram na fase de rescaldo”, afirmou Muniz.
Força-tarefa integrada
Durante o combate, cerca de 200 bombeiros se revezaram nas operações com apoio de 26 viaturas, além de retroescavadeiras e equipamentos de logística fornecidos por outros órgãos do governo estadual, como UGPE e COSAMA, por orientação direta do governador Wilson Lima.
“A meta era garantir que os homens não tivessem qualquer descontinuidade no serviço. O resultado foi fora do comum”, destacou o comandante.
“Nossa grande preocupação era conter a propagação e eliminar o fogo o mais rápido possível, protegendo o meio ambiente e o patrimônio ao redor”, explicou.
Leia mais
- VÍDEO: Mototaxistas levam alimentos e água para bombeiros que enfrentam incêndio da Effa Motors
- “O fogo está confinado”, diz subcomandante dos Bombeiros, sobre combate a incêndio na Effa Motors
Tecnologia e estratégia aceleraram resposta
De acordo com o comandante, incêndios com esse nível de complexidade costumam levar até cinco ou seis dias para entrar na fase de rescaldo. Em Manaus, isso ocorreu em pouco mais de um dia, graças ao uso de tecnologia, integração de forças e resposta rápida.
“O que queimou, infelizmente, não pôde ser salvo. Mas o nosso objetivo principal foi proteger o que ainda não tinha sido atingido — e conseguimos”, garantiu Muniz.
Situação atual
O incêndio está totalmente confinado e sem risco de propagação. A equipe permanece no local para garantir que não haja reignição, já que o material queimado ainda oferece risco de explosões. O trabalho de rescaldo deverá continuar por pelo menos mais dois dias.
“Não é prudente sair do local até que a área esteja 100% segura”, concluiu o comandante dos bombeiros.
A Onda Digital fez uma matéria com um resumo de tudo que já se sabe sobre o caso – leia aqui.