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“Tem que discutir uma anistia ampla”, defende Flávio Bolsonaro sobre negociação das tarifas impostas pelos EUA

“Tem que discutir uma anistia ampla”, defende Flávio Bolsonaro sobre negociação das tarifas impostas pelos EUA

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 10 de julho de 2025

Em entrevista concedida à CNN Brasil nesta quinta-feira (10/7), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu que o Congresso Nacional aprove, com urgência, uma anistia “ampla, geral e irrestrita” como primeiro passo para destravar qualquer negociação sobre as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

“O primeiro passo que a gente tem que discutir é sim uma anistia ampla, geral e irrestrita. Porque hoje o Congresso só não aprova essa grande anistia, e isso é um sentimento da maioria esmagadora do Congresso, porque há uma pressão de alguns ministros do Supremo”

Segundo ele, a nova taxação anunciada por Donald Trump tem motivações políticas, não comerciais, e está diretamente ligada ao atual cenário jurídico enfrentado por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. “A carta de Trump é clara. Ele quer combater o lawfare no Brasil e defender a liberdade de expressão nas redes sociais”, afirmou o senador.


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Flávio disse ainda que o projeto da anistia tem apoio da ampla maioria do Congresso, mas enfrenta resistência por pressão de ministros do Supremo Tribunal Federal. Para ele, aprovar a medida nos próximos dias seria uma sinalização de que o Brasil busca “retomar a normalidade” e está aberto ao diálogo com os Estados Unidos.

“Caso contrário, no meu ponto de vista e não é com felicidade que eu falo isso, mas é um fato, o Trump vai estar disposto a aumentar as tarifas, as taxas contra o Brasil até a estratosfera”, declarou.

O Partido Liberal quer colocar o projeto de anistia em votação antes do recesso parlamentar, previsto para começar na próxima semana. O tema, que sempre foi prioridade para Jair Bolsonaro, ganhou novo fôlego com as recentes declarações de apoio de Trump ao ex-presidente brasileiro.

*Com informações da CNN Brasil.