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“Só pode ser dado aumento para os rodoviários se tiver aumento da passagem”, diz prefeito David Almeida

“Só pode ser dado aumento para os rodoviários se tiver aumento da passagem”, diz prefeito David Almeida

Caroline Vasco
Por Caroline Vasco | 16 de abril de 2025

O prefeito de Manaus, David Almeida, se manifestou a respeito da greve dos rodoviários que, nesta quarta-feira (16/04), teve seu segundo dia. De acordo com o chefe do executivo, é preciso o reajuste da tarifa para que o aumento salarial, solicitado pelos trabalhadores, seja atendido.

David Almeida destacou que o Ministério Público do Amazonas (MPAM) não questiona o aumento da tarifa e sim a metodologia do subsídio dos rodoviários, que é o valor repassado pela prefeitura por cada passagem.

Veja o vídeo:

“É uma questão que está ocasionando esta greve porque só pode ser dado o aumento para os rodoviários se tiver o aumento da passagem. Todas as capitais aumentaram. O Ministério Público não está questionando o aumento da passagem. Lá na petição, eles estão questionando a metodologia do subsídio. Então, essa metodologia precisa ser discutida no outro momento, no outro período. Eu acredito que nos próximos dias a gente vá chegar em um entendimento para que a gente possa fazer o aumento da passagem, dá o aumento dos trabalhadores rodoviários e termos de volta a normalidade no trasporte coletivo“, disse David Almeida.


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Saída dos cobradores

Ainda de acordo com o prefeito, a demissão em massa de cobradores de ônibus é um “problema social”. Mais de 1,2 mil funcionários deixariam os cargos em diversas linhas do transporte público. Para isso, ele busca um entendimento com o Sinetram.

Veja o vídeo:

“A proposta do Sinetram era a retirada imediata de todos os cobradores. A prefeitura entende que isso vai ser um problema social, vai desempregar 1,2 mil a 1,4 mil pessoas”, disse ele.

Rodoviários reinvidicam aumento salarial

Nesta terça-feira (15/4), o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, destacou que a paralisação continuaria nesta quarta e só encerraria se houve negociação.

“Na verdade foi só um aquecimento, não houve greve ainda, vai haver greve a partir de amanhã, porque nesse exato momento, nem o Sinetram, nem a prefeitura deram nenhum sinal para os trabalhadores. Nós reivindicamos 12% de reajuste no salário, na cesta básica nos salários, reivindicamos também R$ 1.200 de gratificação  para os motoristas que fazem a dupla função e a permanência dos cobradores. Essa é a nossa atual reivindicação”, explicou o presidente.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou também, por meio de nota, que participou de uma reunião entre 15h e 16h20 desta terça-feira na sede do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), com a presença de representantes da prefeitura e do Sindicato dos Rodoviários. O encontro discutiu temas como a retirada progressiva da função de cobrador, alinhada ao processo de modernização da bilhetagem eletrônica, compromisso firmado entre o município e o Ministério Público do Amazonas (MPAM).