Casal é investigado por manter 21 crianças em casa nos EUA; suspeita é de esquema ilegal de barriga de aluguel

Um bebê de dois meses com traumatismo craniano levou a polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, a descobrir um caso que agora é investigado como possível esquema ilegal de barriga de aluguel. Ao atender a ocorrência em maio deste ano, agentes encontraram 21 crianças sob a custódia de um casal 17 delas ainda bebês. A situação só foi divulgada publicamente nesta quarta-feira (16/7).

O casal Silvia Zhang, de 38 anos, e Guojun Xuan, de 65, foi preso, assim como uma babá de 56 anos. Todos foram autuados por suspeita de negligência e perigo a menores, com fiança fixada em US$ 500 mil (cerca de R$ 2,7 milhões) cada.

A residência da família, localizada em Arcadia, na região metropolitana de Los Angeles, abrigava 15 crianças no momento da abordagem. Outras seis estavam com amigos ou parentes. Todas foram encaminhadas aos serviços de proteção do estado.

De acordo com a polícia, o local funcionava de forma semelhante a uma creche. Imagens de câmeras de segurança mostraram pelo menos seis babás praticando abusos físicos e emocionais contra as crianças. Em um dos registros, uma cuidadora sacode e agride violentamente o bebê que motivou a investigação, até que ele perdesse a consciência. Segundo as autoridades, ele só foi levado ao hospital dois dias depois, ao apresentar convulsões.

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Durante a investigação, os policiais localizaram uma empresa registrada no endereço do casal chamada “Mark Surrogacy Investment LLC”, voltada a serviços de barriga de aluguel. A empresa foi encerrada em junho, e a suspeita é de que todas as crianças tenham sido geradas por barrigas de aluguel contratadas por meio dessa organização, com material genético do próprio casal.

O FBI (Departamento Federal de Investigação dos EUA) foi acionado para assumir o caso. “Percebemos que se tratava de algo além da nossa capacidade investigativa local, por isso pedimos apoio federal imediatamente”, disse o tenente Kollin Cieadlo, da Polícia de Arcadia.

Agora, a investigação busca identificar as mães de aluguel e compreender o real propósito do casal. O New York Post revelou que algumas das mulheres que participaram das gestações não tinham conhecimento do que estava acontecendo.