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Caso Viviane: Justiça condena ex-noivo e cúmplice 12 anos após assassinato

Caso Viviane: Justiça condena ex-noivo e cúmplice 12 anos após assassinato

Arquipo Goes
Por Arquipo Goes | 09 de julho de 2025

Doze anos após o assassinato da técnica de enfermagem Viviane Costa de Castro, de 36 anos, a Justiça do Amazonas condenou nesta quarta-feira (9/7) os réus Alesson Pessoa Mota e Francisco de Almeida a mais de 70 anos de prisão. O julgamento foi realizado no Fórum Henoch Reis, na capital amazonense, e se estendeu por três dias.

Alesson, ex-noivo da vítima, foi apontado como o mandante do crime, enquanto Francisco teria sido o executor. Conforme as investigações, Viviane foi alvo de dois atentados a tiros no intervalo de menos de um ano, não resistindo ao segundo ataque, ocorrido em maio de 2013.

A sentença estipulou pena de 37 anos, três meses e 15 dias de reclusão em regime fechado para Alesson. Já Francisco foi condenado a 33 anos, nove meses e 19 dias. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada e, com a publicação do mandado, serão oficialmente considerados foragidos, já que nenhum dos dois está sob custódia no momento — Francisco não compareceu ao julgamento, e Alesson esteve presente apenas nos dois primeiros dias.


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Crime premeditado

Segundo o processo, a primeira tentativa de assassinato ocorreu em 7 de junho de 2012, na avenida Timbira, bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus. Viviane sobreviveu após ser baleada. No entanto, em 23 de maio de 2013, no mesmo endereço, ela foi novamente alvejada — dessa vez, fatalmente.

Testemunhas e provas apontaram que, em ambas as ocasiões, os tiros foram disparados por um homem na garupa de uma motocicleta, identificado como Francisco, a mando de Alesson.

Durante o julgamento, Alesson negou envolvimento no crime, mas o júri acatou a tese da acusação sustentada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), representado pelo promotor Thiago de Melo Roberto Freire, com apoio das assistentes de acusação Tallita Lindoso Silva e Cíntia Rossette de Souza.

Com a sentença, a Justiça encerra uma espera de mais de uma década por respostas à família da vítima. As autoridades continuam as buscas pelos condenados.