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Chefão do PCC é preso na Bolívia após 5 anos na lista de fugitivos da Interpol

Chefão do PCC é preso na Bolívia após 5 anos na lista de fugitivos da Interpol

Gaby Santos
Por Gaby Santos | 19 de maio de 2025

Marcos Almeida, conhecido como Tuta, foi preso em Santa Cruz de la Sierra, na Colômbia, enquanto tentava renovar o documento de cidadão estrangeiro, numa sede do Serviço Geral de Identificação. O homem, foragido da justiça e apontado como um dos chefes do PCC, era procurado há cinco anos pelas autoridades brasileiras e estava na lista de fugitivos da Interpol.

Uma matéria divulgada pela Rede Globo, no “Jornal Nacional”, mostrou no último sábado (17/5), que Tuta apresentou um documento brasileiro falso com o nome Maycon Gonçalves da Silva. O que ele não sabia é que esse nome também já estava nos bancos internacionais de dados.

Após a identificação, agentes da polícia colombiana acionaram a Polícia Federal brasileira que confirmou que se tratava de um foragido da Justiça. Após a confirmação, Tuta foi preso.

“Aqui eu ressalto a importância, uma vez mais, da nossa base de dados biométrica, que permitiu, praticamente em tempo real, retornar a informação ao nosso oficial de ligação lá em Santa Cruz e aos colegas da polícia da Bolívia, informando tecnicamente quem era exatamente aquela pessoa”, disse o Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, à Globo.

Marcos estava foragido desde 2020, quando foi alvo de uma operação em São Paulo que investigava a cúpula da facção. No Brasil, ele foi condenado há doze anos por organização criminosa e ainda responde a outro processo por lavagem de dinheiro do tráfico. Contra ele, há outros dois mandados de prisão em aberto.


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Informações falsas

A promotoria que investiga o caso afirmou que o grupo criminoso em São Paulo tentou espalhar informações falsas para confundir as investigações: suposições sobre a expulsão do homem da facção e, depois, de que estaria morto, foram divulgadas.

“Mas, segundo nós apuramos, isso era uma contra-informação do próprio PCC para que ele não fosse incomodado, fosse esquecido pela polícia e pelo Ministério Público”, conta Lincoln Gakiya, promotor de Justiça de São Paulo.

*Com informações da Rede Globo