Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
“Esses cara mataram minha filha” desabafa mãe de Juliana Marins em entrevista

“Esses cara mataram minha filha” desabafa mãe de Juliana Marins em entrevista

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 30 de junho de 2025

Em entrevista exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, neste domingo (29/6), os pais de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu após despencar de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, relataram momentos de dor e indignação com a condução do passeio e o resgate. Para Manoel Marins, pai da vítima, houve falhas graves por parte do guia e das autoridades locais.

Segundo os relatos de Manoel, Juliana teria informado ao guia que estava exausta.

“O guia disse: ‘senta aqui, descansa um pouco’, e depois se afastou por cerca de 5 a 10 minutos para fumar. Quando voltou, não a viu mais”, contou Manoel.

O desaparecimento ocorreu por volta das 4h da madrugada. Somente às 6h08, o guia teria reencontrado Juliana caída em uma área de difícil acesso, momento em que filmou a cena e enviou ao supervisor.

A demora no socorro é outro ponto criticado pela família. O parque acionou uma equipe de primeiros socorros apenas às 8h30, e os socorristas só chegaram ao local às 14h.

“Eles só tinham uma corda. Tentaram jogá-la para Juliana. Depois, o próprio guia amarrou a corda na cintura e tentou descer sem equipamento adequado”, detalhou o pai.


Leia mais:

Após autópsia, médico revela que Juliana Marins morreu minutos após a queda

Digão, dos Raimundos, ironiza morte de brasileira na Indonésia e gera revolta nas redes


A Defesa Civil da Indonésia (Basarnas) só chegou ao local do acidente por volta das 19h. Juliana foi encontrada morta dois dias depois. O laudo revelou hemorragia interna provocada por trauma torácico. A morte teria ocorrido entre 12 e 24 horas antes da remoção do corpo, feita na quarta-feira.

A mãe de Juliana segue ainda revoltada com o descaso que a filha sofreu.

“É uma indignação muito grande. Esses caras mataram minha filha”, desabafa. “Essas trilhas são vendidas como algo simples, mas são extremamente perigosas. E o parque demorou demais para agir.”

Em homenagem a Juliana, a Prefeitura de Niterói, sua cidade natal, anunciou que um mirante será batizado com seu nome. O traslado do corpo está sendo providenciado, com custos cobertos pelo município, mas ainda não há data definida.

(*) Com informações do G1.