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Hugo Motta envia à Corregedoria processos contra 14 deputados por tumulto no plenário

Hugo Motta envia à Corregedoria processos contra 14 deputados por tumulto no plenário

Otávio Vislley
Por Otávio Vislley | 09 de agosto de 2025

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a Mesa Diretora decidiram enviar para a Corregedoria Parlamentar as representações disciplinares contra 14 parlamentares acusados de obstruir fisicamente os trabalhos da Casa nos dias 5 e 6 de agosto de 2025.

Os deputados envolvidos são: Allan Garcês (PL-TO), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hatten (Novo-RS), Marco Feliciano (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Zé Trovão (PL-SC) e Zucco (PL-RS).

Hugo Mottta - presidente da Câmara dos deputados
(Foto: Reprodução/Internet)

A Corregedoria terá 48 horas para apresentar um parecer à Mesa Diretora. Caso recomende o afastamento, os processos serão remetidos ao Conselho de Ética, onde cada pedido terá um relator específico.


Saiba mais:


Motta poderia ter enviado os casos diretamente ao Conselho, como fez em julho de 2025, no processo contra André Janones (Avante-MG) por “condutas incompatíveis com o decoro parlamentar”. Naquele caso, Janones teve o mandato suspenso por três meses em 15 de julho.

O deputado Hugo Motta, o presidente da Câmara dos Deputados
O deputado Hugo Motta, o presidente da Câmara (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

A obstrução de agosto ocorreu quando deputados da oposição ocuparam a Mesa Diretora para pressionar a votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A ocupação só foi encerrada na quarta-feira (6) após horas de tumulto. Motta chegou a ameaçar suspender o mandato dos resistentes e só conseguiu assumir a cadeira da presidência às 22h21, com apoio da Polícia Legislativa. Mesmo assim, alguns parlamentares bolsonaristas resistiram até o fim.