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Dólar recua e Ibovespa dispara com cenário global favorável e expectativa por corte de juros no Brasil

Dólar recua e Ibovespa dispara com cenário global favorável e expectativa por corte de juros no Brasil

Phill Vasconcelos
Por Phill Vasconcelos | 30 de junho de 2025

Os mercados brasileiros encerraram a segunda-feira (30/6) com forte desempenho. O dólar à vista caiu 0,91% e fechou cotado a R$ 5,43, o menor valor em nove meses. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores (B3), avançou 1,45%, alcançando 138.854 pontos, impulsionado por fatores externos e otimismo com o cenário interno.

A desvalorização do dólar no Brasil acompanhou uma tendência global. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, registrava queda de 0,54% no fim da tarde, acumulando recuo de mais de 10% no ano.

“O enfraquecimento da moeda americana ocorre em meio à continuidade da alta das bolsas nos EUA, com S&P 500, Nasdaq e Dow Jones renovando ganhos pelo quarto pregão seguido”, destacou Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad.


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Entre os fatores que alimentam o otimismo global está a retirada de tributos sobre serviços digitais pelo governo do Canadá, medida vista como aceno aos EUA e que pode destravar novos acordos comerciais.

Além disso, investidores seguem atentos ao prazo final das pausas tarifárias e ao avanço do projeto orçamentário de Donald Trump, apelidado de “beautiful bill”, que enfrenta desafios no Congresso americano.

No Brasil, o mercado também repercutiu os dados do Caged, que apontaram a criação líquida de quase 149 mil vagas formais em maio — número abaixo das expectativas. O salário médio de admissão também recuou ligeiramente no mês. Para parte dos analistas, esses indicadores reforçam sinais de moderação no mercado de trabalho, o que pode abrir espaço para uma eventual redução da taxa básica de juros, apesar do tom ainda cauteloso do Banco Central.

Combinando cenário externo positivo e expectativas de alívio monetário no país, os ativos brasileiros ganharam fôlego, refletindo maior apetite por risco entre os investidores.

(*) Com informações do Metrópoles.