
Fãs de Ozzy Osbourne levantam teorias sobre possível causa da morte do cantor

A morte do cantor Ozzy Osbourne, a lendária do Black Sabbath e dono de uma bem sucedida carreira solo, aos 76 anos, continua levantando questões entre a imprensa internacional e os fãs. A notícia foi confirmada pela família na terça-feira (22/7), que optou por não divulgar a causa da morte. O astro enfrentava, há anos, uma batalha contra o mal de Parkinson. Devido a doença, Ozzy já estava afastado dos palcos desde 2020.
A comoção foi imediata nas redes sociais, com homenagens emocionadas e também questionamentos sobre os últimos momentos do cantor. Entre os comentários, muitos se perguntam: Ozzy teria decidido a própria partida?
O pacto entre Ozzy e Sharon
Desde 2007, circulam declarações de Sharon Osbourne, empresária e viúva do Madman, sobre um pacto que ela teria feito com Ozzy. Na autobiografia e em entrevista ao jornal britânico The Mirror, ela contou que o casal havia combinado recorrer à eutanásia caso fossem diagnosticados com doenças degenerativas graves, como Alzheimer. “Nós vimos meu pai passar por isso. Não queremos esse fim. Se acontecer, vamos embora”, disse ela à época, mencionando países onde a prática é legal, como a Suíça.
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O tema voltou à tona recentemente, em 2023, durante um episódio do The Osbournes Podcast. O filho do casal, Jack, perguntou se o acordo ainda valia. A resposta foi direta: sim.
“Prefiro uma injeção letal do que viver preso a tubos”
Em uma entrevista de 2014, Ozzy já havia deixado claro seu posicionamento. Para ele, dignidade e autonomia eram mais importantes do que a simples sobrevivência. “Se eu não puder mais me alimentar, tomar banho ou sair da cama, prefiro que alguém diga: ‘Ozzy, você teve uma vida incrível. Agora descanse’, e me aplique uma injeção letal”, afirmou. Ele ainda disse que Sharon compartilhava da mesma visão: nenhum dos dois queria ser mantido vivo por aparelhos.
Especulações, desmentidos e silêncio oficial
Dias antes da morte do músico, rumores começaram a circular nas redes sugerindo que ele estaria em estado terminal. A filha, Kelly Osbourne, foi às redes sociais rebater as fake news: “Sim, ele tem Parkinson, e isso mudou sua mobilidade. Mas ele não está morrendo”, garantiu.
Mesmo após o falecimento, não houve confirmação se a morte teve relação com eutanásia. No entanto, a ausência de uma causa oficial e o histórico de declarações da família alimentam discussões entre os fãs sobre se Ozzy teria feito uma escolha consciente sobre o fim da vida.
Eutanásia: o que é, e onde é legal?
A chamada morte assistida é um processo em que pacientes com doenças incuráveis optam por encerrar a vida de forma digna, com apoio médico e dentro da legalidade. Ela pode ocorrer de forma ativa, com o uso de substâncias letais, ou passiva, ao se interromper um tratamento que mantém a pessoa viva.
Esse procedimento é legal em países como Suíça, Holanda, Bélgica e Canadá, mas segue proibido nos Estados Unidos e Brasil, onde mora a família Osbourne.
Apesar das incertezas sobre os detalhes da morte, o que permanece é a certeza de que Ozzy Osbourne, o eterno Madman, viveu à sua maneira. E talvez, partiu do mesmo jeito.