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Exame detecta veneno no sangue de pessoa que morreu após comer bolo, no RS

Exame detecta veneno no sangue de pessoa que morreu após comer bolo, no RS

Ivanildo Pereira
Por Ivanildo Pereira | 27 de dezembro de 2024

Análises iniciais indicaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas e dos dois sobreviventes que comeram um bolo em uma confraternização familiar em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada pelo delegado Marcos Vinícius Veloso, que conduz as investigações, nesta sexta (27/12).

Arsênio é uma substância extremamente tóxica e pode levar à morte.

Foram examinados o sangue de Zeli Teresinha Silva dos Anjos, que preparou o bolo, e do sobrinho-neto dela, uma criança de 10 anos. A perícia também foi realizada no sangue de Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu.

Segundo o delegado, a maior concentração do veneno foi encontrada no sangue da mulher que fez o bolo. A polícia apura as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar.

Os dois sobreviventes permanecem hospitalizados e estão “clinicamente estáveis”, conforme boletim médico divulgado na manhã de sexta.


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Entenda o caso

De acordo com a Polícia Civil, na última segunda-feira (23), sete pessoas da mesma família estavam reunidas durante um café da tarde, quando seis delas começaram a passar mal. A mulher que preparou o alimento, em Arroio do Sal e levou para Torres, é uma das internadas.

Três pessoas morreram: As vítimas foram identificadas como Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, e Neusa Denise da Silva dos Anjos, de 65.

Segundo o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes de Torres, Maida e Tatiana tiveram parada cardiorrespiratória. Neusa teve como causa da morte “choque pós intoxicação alimentar”. O resultado final dos laudos de necrópsia devem ser divulgados na próxima semana.

A polícia também investiga outra situação relacionada: O ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro por intoxicação alimentar. Na época, a morte foi dada como natural e não foi investigada. Porém, agora as autoridades pediram a exumação do corpo.

O delegado Veloso disse:

“Como tivemos ciência hoje desse fato, instauramos um inquérito policial e vamos exumar o corpo deste senhor para verificar se houve envenenamento também”.

Com informações de Metrópoles / NSC Total.